sexta-feira, 28 de maio de 2010

Nada de Barbie!

Hoje quando percebi os trajes que estavam compondo o meu visual - calça jeans, blusa verde, bota marrom e casaco bege – me dei conta de que eu podia resolver uma dos maiores traumas de infância. Agora entendo porquê meu pai me deu de presente a boneca Susie Caçadora ao invés da Barbie Noite de Gala.
Eu sempre quis ter uma Barbie, quase todas as minhas amigas tinham. Minha mãe, quando eu era criança, trabalhava como costureira. Eu ficava ao seu lado fazendo as roupinhas que ela iria usar quando chegasse em minhas mãos. Tiraria a maior onda com minhas coleguinhas, pois minha Barbie teria um guarda-roupa cheio de peças para ela desfilar. Mas, para minha decepção, meu pai chegou com uma outra boneca. Custei acreditar, pois a caixa era do mesmo tamanho e formato que a caixa da Barbie.

Ela se chamava Susie, a principal concorrente da Barbie, mas sem nenhuma chance de superá-la. Susie tinha os pés chatos, o nariz redondo, cabelos e olhos castanhos e também a cara larga. Para piorar a situação, meu pai disse que ela era bonitinha e se parecia comigo. Não era nem a Susie Garçonete, nem a Susie Bailarina, era a Susie Caçadora. Ela tinha uma uniforme bege, botas marrons, um chapéu na cabeça e uma espingarda nos ombros. Se aquela espingarda funcionasse, acho que eu metia uma bala de brinquedo no meu pai na hora.

Morria de vergonha que brincar com as minhas amigas, mas ou era a Susie ou era nada. Então me contentava em ser a empregada, a vigia ou a motorista das outras Barbies. Um dia, a gente encasquetou que as bonecas tinham que ter um namorado. Logo, uma delas comentou que ganharia o Ken, o famoso e bonitão par da Barbie. Eu, mais que depressa, pedi ao me pai para comprar um namorado para minha boneca, queria ser a primeira a ter um namoradinho, assim a Susie ia se dar bem diante daquelas loiras metidas.

Meu pai, comovido com a minha situação, se apressou e trouxe o pretendente da Susie. Empolgadísisma, nem busquei a boneca para recebê-lo, fui sozinha e me surpreendi novamente quando descobrir que o meu pai havia comprado um boneco do Incrível Hulk para nós duas. Pior, não era nem em forma de David. Não! Era no formato monstro, verde, asqueroso, com as calças rasgadas. Não acreditei. Mas querendo chegar antes das meninas, levei o Hulk e a Susie para a brincadeira.

No início, elas nos ignoraram, mas depois algo estranho aconteceu. O Ken nunca apareceu em nossa brincadeira, ou seja, nenhum pai se mobilizou para comprá-lo, e as Barbies se apaixonaram pelo Huck. Elas disputavam aqueles braços fortes, aquele olhar de dominação e a expressão de força e proteção que ele demonstrava. Mas ele era fiel a Susie. Com ela, ele ficava um bicho manso. Ele era grande, mas a espingarda era dela. Então ele não se fazia de besta.

No final da história, todas as Barbies ficaram à espera de seus príncipes encantados para viver um sonho de uma noite de gala. O incrível Hulk e a Susie partiram para algum lugar longe da sociedade pós-moderna de consumo, aparências e futilidades. Acredito que eles estejam muito felizes até hoje.

P.S.: Essa é uma história real. Não sei porquê olhei para o espelho hoje e lembrei da Susie Caçadora, esta boneca que eu ganhei quando tinha sei lá quantos anos. Só faço um pequeno ajuste, não somos caçadoras que matam os animaizinhos, mas sim que caçam os predadores do meio ambiente. Aqueles bichos gananciosos que retiram tudo o que podem da natureza para ganhar dinheiro e não repõem nada de volta, são indiferentes às vidas que habitam ali. Estes merecem ser capturados mesmo ou, pelo menos, levarem um grande susto.

Hoje, resolvido o meu trauma infantil, nada de Barbie ou de Ken. Prefiro ter esperança e acreditar na sorte (verde...rsrs) de que vou encontrar uma rapaz incrível que possa me proteger e me abraçar bem forte.

Outro detalhe especial

Quer ouvir outro detalhe singelo da vida que possui um significado todo especial para aquelas pessoas que conseguem perceber a magia que existe no universo? No meu caso, a borboleta azul é um deles. 
Desde pequena acreditava que quando uma borboleta aparecia em nossa casa era sinal que uma boa notícia estava por chegar. Em abril de 2009, em pleno de domingo de Páscoa, eu estava sentada na varanda da minha casa com alguns amigos do bairro. Na verdade, estávamos fazendo hora para a carona que me levaria de volta a São Paulo chegar. De repente, pousou entre nós uma borboleta azul lindíssima, deslumbrante, mágica... Começamos a “disputar” a notícia boa que iria chegar por meio dela.

Eu queria convencer a turma de que a notícia era minha já que ela estava na minha casa, mas eles disseram que poderia ser então de outra pessoa da família. Ao terminar de completar a frase, a borboleta voou e pousou exatamente sobre a minha perna. Eu fiquei ali parada, emocionada, queria dar um ‘aperto’ na borboleta, mas me contentei em dar-te um beijo mágico...

Fiquei tão instigada com aquela situação que não conseguia parar de pensar na boa notícia que a borboleta iria me trazer. Agora eu tinha a confirmação de que era mesmo para mim. Andando por São Paulo, cheguei a ver borboleta azul em tudo quanto é lugar: livros, anúncios publicitários, tatuagens, etiquetas de mochilas, pichação em muros, adesivos, pingentes, prendedores de cabelo, não dá para contar.

Imaginei até que a borboleta azul havia se tornado um novo hit da moda. Mas isso estava apenas na minha cabeça. Fiz algumas pesquisas para saber o significado e entender o porquê dessa ‘coisa’ não me abandonar. Descobri que as borboletas, no imaginário humano, assim como eu pensava desde criança, prenunciam acontecimentos alegres. Na cultura greco-romana, assim como na egípcia, ela está relacionada à alma. A palavra ‘psique’, em grego, por exemplo, quer dizer ao mesmo tempo espírito e borboleta. No Vietnã, sua presença exprime longa vida devido à coincidência fonética : duas palavras com pronúncias semelhantes significam ‘borboleta’ e ‘longevidade’. Em outras culturas, ela também significa felicidade conjugal. No Japão, elas são consideradas espíritos viajantes. (A propósito, me sinto um às vezes.

Além desses e outros significados, existe um simbolismo relacionado à sua metamorfose, que expressa saída do casulo para o renascimento. Eu, que vejo coisas em tudo e vivo num mundo paralelo (rsrs), cheguei a tomar posse dessa mudança.

Passado um ano, eu ainda não tinha desistido de esperar a boa notícia. Parece louco, mas passei um ano com esta ‘coisa’ na cabeça – e vendo borboletas. Esperei a Páscoa, quem sabe não seria neste dia que seria informada da surpresa. Afinal de contas, é o dia da celebração da ressurreição de Jesus Cristo.

Aguardei ansiosa, mas ela não veio! Não veio no domingo, porém no dia 13 de abril de 2010, um pouco mais de uma semana depois do feriado, recebo a ligação do Pedro Castro, secretário executivo do PACTO PELA RESTAURAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA, dizendo que eu havia sido escolhida para ser a assessora de comunicação do movimento nacional de recuperação ambiental de um dos biomas mais importantes do planeta.

Chorei durante a ligação, sem que o Pedro percebesse, claro! Coloquei-me de joelhos e agradei muito a Deus. Eu não tinha todos os requisitos para ser escolhida para a função, não falava inglês, não dominava Corel e Photoshop, não tinha experiência na área ambiental e nem cursos tão específicos. Mas se Deus havia determinando que a vaga fosse minha é porque Ele também iria me capacitar para realizar um bom trabalho.

Notícia mais alegre eu não podia receber naquele momento, eu estava desempregada há mais de um mês e com um aluguel pesado em minhas costas, além dos outros gastos. Para a notícia ser ainda melhor, a remuneração era o dobro do que eu ganhava. Receber para trabalhar pela preservação e conservação do meio ambiente, algo que faria até como voluntária, era uma graça abençoada demais. (Era não, é!)

Entrei imediatamente no site do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica e “de cara” algo me chamou a atenção. A logomarca do movimento é um círculo com desenhos de plantas e animais em seu interior representando a biodiversidade. Os dois elementos que mais chamam a atenção são as duas mãos indo de encontro uma a outra simbolizando o ‘pacto’. O detalhe: entre essas duas mãos, tem um pequeno símbolo... A borboleta! Azul? Na realidade não sei dizer, na logomarca ela é verde. O que importa isso também? Acho que o mais importante é a nossa fé, a confiança em Deus e a certeza de que tudo Ele fará para que você realize os seus sonhos...

Por falar em sonho, durante a espera da boa notícia, sonhei várias vezes que eu era uma fada azul com asas de borboleta. Tinha um Pai generoso e sábio (que era Deus) e um irmão mais velho muito companheiro e amigo que ficava sempre ao lado do Pai na administração do Reino (Jesus). Eu era responsável por disseminar boas notícias pelo mundo, mas às vezes faltava conteúdo, então eu inventava umas mentirinhas e arrumava a maior confusão. Diante da impossibilidade de contornar a situação, eu corria para o colo do Pai e deixava Jesus tomar a frente para resolver o problema. Que delícia de sonho... Uma vez minha irmã me disse que talvez eu fosse uma fada e não sabia. Agora, eu sei!

Meio ambiente atrai talentos
















Conheço muita gente e, praticamente, todos os meus amigos ou pessoas que estão próximas a mim conhecem os meus sonhos e os meus propósitos. Porém, algumas coisas, alguns detalhes importantes, eu diria “os pequenos milagres e sinais da vida”, muitas vezes passam despercebidos.
Acho que eu ainda não contei para ninguém, por exemplo, que foi o título de uma reportagem que me trouxe concretamente a São Paulo. A vontade de me mudar já existia, pois é sabido que aqui se concentra a maior parte das discussões sobre sustentabilidade e responsabilidade social. Eu ficava angustiada ao ler tantas coisas da área na internet, ficar sabendo de tantos eventos e iniciativas acontecendo, mas eu estava longe. Tudo acontecia, crescia e despontava na capital paulista (eu digo capital do país).

Certo dia, peguei uma Marie Claire da vida, ainda em Minas, e li a matéria “Meio ambiente atrai talentos”. A reportagem, perdida no meio de assuntos sobre estética, beleza e comportamento, indicava alguns cursos de capacitação na área de sustentabilidade. Para minha “não-surpresa”, todas as instituições de ensino se localizavam em São Paulo. Não sei explicar, mas aquela reportagem ficou gravada na minha cabeça, anotei alguns sites e comecei a pesquisa.

Como sou uma pessoa de fé e sigo minha melhor intuição, não me desgasto muito com pesquisa, busca de referências e comentários negativos das pessoas, não sou o tipo insegura e preocupada. Acredito que Deus sempre dá a melhor direção quando O convidamos para estar na frente e, para comprovar, acabei escolhendo uma das melhores opções. Na loucura e no ímpeto do momento, fiz minha matrícula pela internet. Agora, eu tinha que ir, de um jeito ou de outro. As mensalidades eram caras, eu tinha que fazer valer o investimento que guardei durante um bom período em que trabalhei em Juiz de Fora. Mas a ceteza do meu coração me impulsionava, esta mudança radical já estava determinada no céu.

Arrumei as malas e cheguei aqui, nunca tinha pegado um ônibus em São Paulo, não tinha a menor noção de leste, oeste, norte e sul. Descobri o trajeto para chegar até a USP e fui com a cara e a coragem. Um tumulto de assustar qualquer mineiro mais antenado. No meio do caminho, eu ainda tinha que descer e pegar outra condução, em outra avenida. Quando fui chegando próximo à universidade, as luzes ficaram mais brandas, muitas árvores, um verdadeiro breu estava dominando a área. “Ah, Raquel – pensei comigo – você é maluca!” Em seguida, respondi a mim mesma: “Seja o que Deus quiser - literalmente! rs”

Cheguei atrasada logo na primeira aula, pois não tinha muita noção de tempo e de deslocamento nesta metrópole. Para minha surpresa e alegria, o coordenador do curso já me indicou algumas pessoas que moravam perto da minha casa, ou melhor , da casa da Óli, onde foi minha habitação durante dois meses. Naquele mesmo dia, conheci quatro amigas que moravam em Perdizes – Marisa, Mariana, Guta e a Maria Elisa. Toda semana, íamos para o curso juntas, pois elas revezavam o carro, como forma de não emitir tanto CO2 no meio ambiente.

MATA ATLÂNTICA


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E, voltando ao assunto ‘meio ambiente’, hoje é 27 de maio, Dia Nacional da Mata Atlântica, estou em São Paulo há 1 ano e 9 meses e também estou completando 1 mês em meu novo trabalho, na função de assessora de comunicação do PACTO PELA RESTAURAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA. Eu não imaginava, propriamente, que um dia estaria atuando na área ambiental, mas hoje eu estou muito feliz e agradecida a Deus pela oportunidade.
A cada dia que eu estudo, lei, busco informações e conheço militantes da causa, mais eu fico apaixonada por esta área tão importante, mas tão devastada e ameaçada onde vivemos. A Mata Atlântica é a nossa casa. É ela quem nos oferece a água que bebemos, a água que movimenta as indústrias da região, principalmente a sul e a sudeste, ela abriga uma biodiversidade extremamente rica e complexa, ela nos oferece opções deslumbrantes de turismos, áreas de contemplação e de total paz interior, ela contribui para o equilíbrio climático, para a preservação das espécies e para que possamos usufruir uma melhor qualidade de vida.

Que Deus me capacite em minhas funções e até em novas atividades, para que eu possa fazer a diferença e impulsionar o trabalho de restauração ambiental sustentável da "nossa casa".

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Objetivo da Vida

Por Rick Warren













Muitas pessoas estabelecem metas, mas poucas chegam a estabelecer um objetivo de vida. Metas estão relacionadas com áreas específicas da vida: carreira, finanças, família, aposentadoria e outros aspectos importantes. Objetivo de vida, porém, estabelece direção para a vida inteira. Seu objetivo de vida é o que determina o panorama maior, a abordagem geral que você adota em sua vida.

Há quatro tremendos benefícios em considerar e colocar por escrito um objetivo de vida:

1 - Reduz frustração simplificando a tomada de decisão. Todos os dias encaramos uma variedade de escolhas e, geralmente, bastante complexas. Ter um objetivo de vida nos dá parâmetro para avaliar qual alternativa é a melhor.

2- Aumenta motivação. Um objetivo de vida correto servirá de inspiração para que nos levantemos pela manhã e persistamos mesmo quando quisermos desistir. “Quando não há visão, o povo perece” (Provérbios 29.18 – tradução livre).

3 - Permite concentração. Sucesso é, em grande parte, resultado da concentração em uma coisa e fazê-la bem. Certo apresentador de notícias da TV exibia uma placa em sua escrivaninha com a pergunta: “O que estou fazendo agora vai beneficiar este programa?” Objetivo de vida nos ajuda a manter o foco em nosso tempo, energia e recursos.

4 - Atrai cooperação. É notório que quando decidimos onde queremos chegar na vida, outras pessoas passarão a acompanhar-nos. As pessoas seguem aqueles que descobriram claramente quem são e o que desejam realizar.

Encontre tempo durante esta semana para ficar sozinho em um lugar sossegado e pensar sobre seu objetivo de vida. Sugiro os seguintes passos:

- Identifique seus dons e talentos. Pergunte: “Em que eu sou bom?” e, “O que eu realmente gosto de fazer porque o faço bem?” Quando Deus planejou criá-lo dotou o seu DNA – sua estrutura e predisposição genética – de características e habilidades específicas. A combinação destes traços faz de você uma pessoa única. Deus quer que você faça aquilo para o qual Ele já o dotou.

Reveja suas experiências. Pergunte: “O que tenho aprendido?” As maiores lições surgem de nossos sofrimentos e dores. Isso precisa ser computado em seu objetivo de vida.

Decida o que é realmente importante. O urgente nem sempre é o mais importante. William James, um dos pioneiros da psicologia, disse certa vez: “O melhor uso para sua vida é investi-la em algo que permanecerá depois dela”. Sendo assim, pergunte a si mesmo: “O que será que vai durar por mais tempo?”

A Bíblia oferece este sábio conselho: “Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele depende toda a sua vida..." Olhe sempre para a frente, mantenha o olhar fixo no que está adiante de você. Veja bem por onde anda, e seus passos serão seguros” (Provérbios 4.23,25,26).

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Qual é o meu caminho, qual a direção?



















Mais qual é o meu caminho, qual a direção
E qual é o meu destino, minha vocação
Carregar tua palavra, qualquer direção
E chamar outras almas, em outros mares pescar

Pescador tal como Pedro, pedra quero ser
Entregar-te minha vida, quero renascer
E mostrar a cada irmão, que o real viver
Está dentro de nós, quando cremos no Pai

A tua luz é o que vejo, o caminho a brilhar
A tua face contemplo, quero a rede lançar

Sou pescador de homens, venha comigo te ensino a pescar
Afasta tua barca da margem, e lança a tua rede ao mar

A fé que trás essa fartura é a mesma que te mostrará
Que há famintos pelo mundo, e só tu podes saciar

(Música: "Pescador" - Maninho)

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Deus nos uniu














Hoje de manhã acordei tão feliz e tão bem que minha vontade era reunir minhas queridas companheiras, Ana e Ju, e o nosso Senhor Jesus para um gostoso café da manhã ao ar livre - com pãozinho fresco, mortadela e café preto.

Amigas, como disse ontem à noite, não consigo descrever a alegria que é morar com vocês, dividir as alegrias, as tristezas, as angústias, os sonhos, as besteiras, os problemas, a fé e toda a nossa história. Não temos receio de falar nada uma com a outra, seja para pedir, seja para corrigir ou para assumir um erro. Estamos sempre de coração aberto, mesmo naqueles dias de mau humor...

Ontem falei sério quando disse: "Pai do Céu, que bom que eu não me casei até hoje, foi só para ter a chance de viver com a Ju e a Ana e experimentar um tipo de amizade diferente. Sim, é verdade! (a Ana confirmando, como ela sempre faz, até dormindo rsrs).

Sei que tenho outras amigas muito especiais. Algumas me acompanham desde a infância, outras foram descobertas mais tardes porém se tornaram presenças marcantes e essenciais na minha vida. Agradeço por cada uma delas e me sinto privilegiada por ter um espaço especial em seus corações. No entanto, nunca chegamos a dividir o mesmo teto. E, todos sabem, que o desafio de morar com alguém (seja marido, pais ou irmãos) exige uma força, uma tolerância e um amor muito maior.

Confesso que fiquei um pouco apreensiva quando decidimos morar em três. Imaginei que haveria muito mais conflitos, muito mais confusão, ciúmes, divergências e "tomadas de partido" que poderiam fazer uma de nós infelizes. Ah, também pensei na questão da bagunça, da dificuldade de estabelecer e cumprir normas. Confesso, sou muito chata mesmo! Já fui chamada pelos meus irmãos mais novos de governanta, usurpadora do lugar da minha mãe e até de bruxa, por querer dar ordens dentro de casa e exigir que estas fossem cumpridas.

Só não me dei conta de que o lugar em que iríamos morar, o nosso apartamento aqui em São Paulo, também receberia uma outra pessoa muito mais "espaçosa" e "autoritária", ou melhor, tão imenso em sua luz e tão cheio de autoridade. Fomos nós mesmas que convidamos Jesus para dividir conosco nossa casa, escolhida e preparada pelo nosso Pai do Céu para ser nosso abrigo, ponto de descanso, de paz e tranquilidade.

E Ele veio. Ele tem vindo de forma sobrenatural toda segunda-feira, pois é esse o dia que escolhemos para recebê-lo de forma especial. Neste momento, dividimos com Jesus a alegria de sermos suas ovelhinhas, a alegria de termos uma a outra, a alegria de termos uma família que está longe mas se preocupa com a gente, a alegria de todas as nossas conquistas. Além disso, também compartilhamos com Ele todas as situações adversas ou complicadas que estamos enfrentando nesta vida ou, mais especificamente, no momento.

Temos recebido muitas respostas e muitas graças por meio de Jesus. A gente até se surpreende. É difícil explicar, pois relacionamento com Deus só é possível entender quando experimentamos, quando abrimos o nosso coração, quando deixamos o nosso ego de lado e quando nos unimos com interesse ao nosso irmão. A prática da humildade, da verdade, da caridade e da fraternidade nos leva diretamente a Deus. Em Sua companhia, somos muito mais felizes.

Por isso se explica a luz e a alegria que existe em nossa casa e no meio de nós. Nossa amizade - Quel, Ju e Ana, tem por base o Nosso Senhor Jesus, independente da crença, pois esta ainda estamos trabalhando lá dentro rsrs. Como estamos trabalhando também outras coisas. Somos humanas, limitadas, fracas e cheias de defeitos. Às vezes, a gente se perde ou se esquece dos nossos propósitos, pois as coisas do mundo tem a capacidade de nos confundir e nos influenciar. Mas a gente está conseguindo lutar e vencer alguns desafios. Estamos crescendo - e muito, pois nossa "fonte" é maravilhosa, eterna e abundante.

Mais uma vez, Ju e Ana, agradeço a Deus e a vocês por serem minhas companheiras, minhas amigas e minhas irmãs. Minha vida é muito mais alegre, leve e divertida com vocês ao meu lado. O último sábado que nos diz... Mas é melhor isso ficar entre a gente rsrs. Amo vocês!!!

P.S.: Não posso deixar de citar aqui, nesta singela homenagem, outras duas pessoas que já moraram comigoum dia, duas amigas muito especiais também: Marcela (Santa Bárbara do Oeste/SP) e a Sula (Juiz de Fora/ MG), minha eterna amiga aventureira. Convivi pouco com cada uma delas, mas foi o suficiente para estabelecer um forte laço de amizade que, tenho certeza, durará para sempre.