quinta-feira, 16 de junho de 2011

Trecho especial do livro "Ágape"


















As pobrezas, frequentemente, nasceram da recusa do amor de Deus, de uma originária e trágica reclusão do homem em si mesmo, que pensa que se basta a si mesmo ou então que é só um fato insignificante e passageiro, um “estrangeiro” num universo formado por acaso.
O homem aliena-se quando renuncia a pensar e a crer num Fundamento. A humanidade inteira aliena-se quando se entrega a projetos unicamente humanos, as ideologias e falsas utopias. A humanidade aparece, hoje, muito mais interativa do que no passado: esta maior proximidade deve transformar-se em verdadeira comunhão. O desenvolvimento dos povos depende sobretudo do reconhecimento que são uma só família, a qual colabora em verdadeira comunhão e é formada por sujeitos que não se limitam a viver uns ao lado dos outros.
O papa nos traz a pobreza como resultado da solidão ou, em outras palavras, do individualismo, do isolamento. Fala de um mundo que se uniu por tantos fenômenos, mas que ainda está separado na fraternidade. A reflexão profética está no conceito de que são todos membros de uma só família. A multiplicação dos pães nos traz a realidade do acolhimento. Nada de ideologias que excluem a vida ou que defendem falsas utopias. O homem é imagem e semelhança de Deus. E toda a sua política, cultural, social deve levar em conta o projeto primeiro para a qual fomos criados, para amar e seremos felizes.
O amor cristão faz com que repitamos as primeiras comunidades que estão retratadas no início de Atos dos Apóstolos. O Senhor ia reunindo mais e mais pessoas, e a igreja ia crescendo porque eles se amavam. Aliás, os cristãos eram conhecidos pelos não-cristãos pela seguinte expressão: “Vede como eles se amam!” E esse testemunho fazia com que mais e mais pessoas quisessem aderir ao Cristianismo. O amor foi a principal virtude da igreja, no início tímida e pequena, com isso ia angariando mais seguidores.
AMAR
Amar é uma decisão, não é um sentimento. Amor é dedicação. Amar é um verbo e o fruto dessa ação é o amor. O amor é um exercício de jardinagem. Arranque o que faz mal, prepare o terreno, adube, semeie, seja paciente, regue e cuide. Esteja preparado porque haverá pragas, seca, excesso de chuvas, mas nem por isso abandoe o seu jardim. Ame-o, ou seja, aceite-o, valorize, respeite, dê afeto, carinho, ternura, admire e compreenda. Simplesmente ame! A vida sem amor não tem sentido.

A inteligência sem amor te faz perveso
A justiça sem amor te faz implacável
A diplomacia sem amor te faz hipócrita
O êxito sem amor te faz arrogante
A riqueza sem amor te faz avarento
A docilidade sem amor te faz servil
A pobreza sem amor te faz orgulhoso
A beleza sem amor te faz ridículo
A autoridade sem amor te faz tirano
O trabalho sem amor te faz escravo
A simplicidade sem amor te deprecia
A lei sem amor te escraviza
A política sem amor te deixa egoísta
A vida sem amor não tem o menor sentido

Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor da pele, ou por sua origem, ou por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender. Alguém ou o contexto ensina. Mas se elas aprendem a odiar podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que seu oposto. A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, mas jamais extinta.”

Nelson Mandela (ficou 27 anos preso, mas saiu da prisão disposto ainda a amar)

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