segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

A razão da minha fé













Há muitas teorias, filosofias e doutrinas nos quatro cantos do mundo, e eu não tenho nenhuma pretensão de julgar a mais coerente, a mais significativa ou, arrogantemente, dizer qual é a verdadeira. (Se é que existe uma única verdade...) Tenho as minhas crenças que, para mim, são verdadeiras, pois fazem sentido para a minha vida e me proporcionam uma certa segurança. Para isso serve bem as religiões: para dar sentido à nossa vida e segurança em meio a um mundo tão cheio de contradições e instabilidade. 

Equilibrar o lado significativamente racionalista e o outro intensamente espiritualista é o meu grande desafio. Mas escolher entre um e outro é algo que definidamente não tenho interesse. Como não tentar compreender que uma doença pode ter sua causa no mais íntimo do nosso ser, na alma? Como não se surpreender com o fato de saber que o nosso próprio pensamento é o autor de algo que desejávamos e que acabou se materializando? Como não se maravilhar com a ciência ao demonstrar que fatos considerados extraordinários são ações simples e comuns que antes não tínhamos compreensão? Como não se deixar envolver diante de uma história de fé inspiradora que nos coloca novamente de pé e cheios de esperança para enfrentar nossos desafios? Não, eu não abro mão de um aspecto e nem de outro. Não sou uma coisa só!

Busco notícias, livros, documentários e todo tipo de conhecimento disponível para entender o que há por trás desta nossa vida, tão recheada de afazeres, compromissos, paradigmas – possivelmente, sem o menor sentido. Ao mesmo tempo, creio totalmente em um Deus Criador de tudo que existe neste Universo, um Deus que não vejo, não ouço a voz, não sinto sua presença e não me relaciono da forma como eu me relaciono, vejo e escuto os meus semelhantes. Racionalmente, faz sentido? Acho que não, mas eu creio... Mais do que apenas crer, tenho convicção e encontro até explicações racionais para comprovar a minha fé, que pode não fazer sentido para muitas pessoas, mas faz para mim, me faz bem, me traz segurança e renova as minhas esperanças. 

Não se impõe fé a ninguém! Fé brota no coração e é preciso ter uma certa motivação para vê-la nascer, crescer e 'mover montanhas'. Minha fé me alimenta e me impulsiona, mas ela só faz sentido para mim porque conversa bem como a razão. Ambas, para mim, são ferramentas divinas que podem transformar o mundo em que vivemos, sobretudo, a nós mesmos e as nossas vidas.