domingo, 24 de outubro de 2010

Um novo coração...














Quando a gente escolhe caminhar em direção a Deus e ter uma vida mais comprometida com os ensinamentos que Jesus veio nos trazer para que vivêssemos em harmonia, em paz e tendo a chance de desfrutar aqui mesmo na Terra um pouquinho da felicidade que Ele nos reserva lá no céu, significa que também temos que fazer sacrifícios, opções, ter coragem e determinação para viver a vida a partir de uma nova postura. O problema é que muitas vezes (muitas vezes mesmo) não queremos fazer certos sacrifícios, algumas renúncias nem, simplesmente, exercitar uma nova forma de encarar os fatos. Desejamos um novo coração, clamamos em nossas orações “venha a nós o vosso reino”, “seja feita a vossa vontade”, mas quando nos deparamos com um pequeno desafio, vacilamos! Às vezes, chegamos a ter consciência do ‘passo errado’ que estamos dando, mas não nos rendemos mesmo assim, porque nosso orgulho fala mais alto, nossa vaidade ainda está no comando impedindo que a humildade, fruto da essência de Deus, cresça e tome mais espaço em nosso espírito. Nesse momento, percebemos o quanto ainda s estamos mergulhados nas diretrizes do mundo material e tão longe dos valores espirituais.
Desafios como esses são colocados em nosso caminho a todo o momento, principalmente, no daqueles que têm buscado, orado e desejado viver uma nova vida, a verdadeira vida, uma vida com Deus. Ele, certamente, nos ouve e cuida dos desejos do nosso coração, mas será que estamos realmente dispostos a nos transformarmos em uma nova pessoa? Será que temos força de vontade e determinação o suficiente para vigiar nossos pensamentos, sentimentos e adequá-los aos ensinamentos de Jesus Cristo quando eles se mostram deturpados? Será que somos corajosos o suficiente para assumirmos uma nova postura, mesmo que isso signifique nos ‘rebaixarmos’ ao outro?

Como é grande o desafio de ser um verdadeiro cristão. Dizer que é ‘cristão’ porque crê em Deus não é uma tarefa tão difícil, eu diria até que é bastante cômodo para algumas pessoas que vivem pedindo milagres e esperando as ações de Deus ‘cairem em seus colos’. Meu entendimento em SER cristão significa um desafio que exige mais do que uma conversão de crença, mas uma conversão de postura, sentimentos, pensamentos, modo de vida, disposição e ação. E isso, pelo menos para mim, é muito difícil. Significa, como disse antes, mudar valores, deixar de ser orientado pelo seu orgulho e vaidade, significa ter coragem para ser diferente num mundo onde o diferente, na maioria das vezes, não é aceito. Significa ter coragem para se colocar menor do que o outro, mesmo se sentindo mal por isso. Significa esvaziar-se de si mesmo e deixar-se encher pelas bênçãos e as graças de Deus. Significa deixar o nosso ‘eu’ de lado e desconsiderar nossa superficial opinião, porque lá no íntimo da nossa consciência, que é ligação direta com Àquele que nos criou, uma voz nos chama a atenção e tenta lembrarmos-nos de nossa verdadeira essência, indicando o melhor caminho a seguir, que está de acordo com o amor que Jesus veio nos ensinar e que nos leva diretamente à nossa origem, a uma vida plena e feliz junto ao Pai.

Se desejamos isso no íntimo do nosso coração, por que não nos empenhamos verdadeiramente para esta conquista? É muito fácil pedir a transformação por meio da graça de Deus e não tomar nenhuma atitude. Temos condições sim de formar uma estrutura sólida por meio de nossas escolhas, decisões e faculdades, bênçãos essas oferecidas gratuitamente, pela misericórdia divina. Eu creio que Deus é pura graça, e o seu amor é infinito e incondicional, mas também acredito que, por nos dar a liberdade de escolha, Ele também espera uma atitude sincera de nós. E essa atitude não é somente ‘pedidos’. É decisão, coragem e disposição. É ânimo, é determinação e humildade. É fé, garra e compromisso com Ele, com o próximo e com a gente mesmo. Tarefa nada fácil de assumir, mas que certamente pode nos levar a um outro nível de humanidade. Acho que nesses processos de conversão, principalmente àqueles conduzidos pelas igrejas, falta um acompanhamento mais eficiente e uma fonte de instrução mais simples. Para se estruturar uma obra, é preciso um trabalho de qualidade na base, pois este será o alicerce da construção que sustentará nossa fé, nossa nova conduta moral e espiritual. E, dessa forma, veremos nosso coração ser transformado, gradativamente, em um canal de distribuição do amor de Deus. É no momento em que o amor de Deus encontra espaço para nele habitar é que podemos dizer que temos sim um novo coração. Esse é o maior presente que podemos almejar e a decisão está em nossas mãos.

“Jesus, viver com esse coração eu já não posso. Dai-me um coração semelhante ao vosso.”

Um comentário:

Eduardo F. Dimer disse...

Muito bom esse seu texto!!
Maravilhoso!!
Continue Assim!!
Um Abração!!
Autor do blog: O ALTÍSSIMO
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