quinta-feira, 17 de setembro de 2009

São Paulo em um ano...


Acordei hoje às seis da manhã com um canto estrondoso e desafinado de um passarinho. Para minha surpresa, o som não era de um pássaro e sim do celular da minha amiga Porqueira Olívia. Essa é uma das estratégias que ela lança mão para ficar conectada às lembranças de Minas e à vidinha leve e tranquila que tínhamos quando morávamos lá.

Ainda na cama, tentando espantar a preguiça para levantar e trabalhar, me dei conta de que há exatamente um ano eu estava bem ali, na casa da Óli, acordando na cama dela, deitada do mesmo lado (talvez com a mesma preguiça rsrs). Porém, a situação era outra, bem diferente. Fazia um pouco mais de um mês que eu havia me mudado para São Paulo. A decisão tomou impulso quando eu me matriculei no curso de Responsabilidade Social da Fia (Fundação Instituto de Admisntração), da USP. Depois disso, não havia outra opção. Arrumei minhas malas e aterrizei na casa dos "Móbis".
Passei o mês de agosto inteiro com ela, enquanto o Dudu, seu marido, estava na China cobrindo as Olimpíadas. Em setembro, eles tiraram férias, viajaram e me deixaram sozinha por conta da casa e de minhas metas. Eu não tinha a menor ideia de como iria me virar em São Paulo, quanto tempo levaria para arrumar uma casa para morar, um emprego e estruturar o começo de uma nova fase. Eu mal sabia me deslocar dentro dessa metrópole. Pegar ônibus para mim, naquela época, era uma loucura, para não dizer assustador. Eu me apegava ao único conselho que a Óli havia me dado antes de viajar: "Não deixe esta cidade te engolir!"

E assim determinei que minha vida seria aqui, em São Paulo, daqui por diante. Eu não tinha recursos para ficar muito tempo. Havia me planejado para aguentar até o término do curso, mas era nítido que isso seria improvável sem obter uma nova fonte de renda. Ao contrário do que muita gente faz, eu não tinha um planejamento estratégico bem definido. Minhas ferramentas eram somente a fé em Deus (sempre e em primeiro lugar) e meu desejo de obter mais conhecimento na área de Responsabilidade Social, utilizar esse conhecimento para fazer algo útil e conseguir um trabalho que trouxesse benecícios para a sociedade/comunidade.

Minhas orações eram constantes, e como Deus é Pai, o Criador do mundo, o Todo-Poderoso, não demorou muito para as portas começarem a se abrir. Logo na primeira semana do curso, ganhei quatro amigas - Marisa, Guta, Maria Elisa e Mariana. Todas elas moravam em Perdizes, mesma região da Óli e do Dudu. Com isso, eu tinha carona para ir e voltar toda semana. Além delas, fiz outras amizades. O carinho e a receptividade da turma, dos professores e dos funcionários da instituição foram enormes. Eu me sentia muito bem.

Não lembro exatamente a data, mas em setembro aconteceu a 12ª Feira de Projetos e Eventos da Rede Globo. A Simone e o Sr. Rubens (TV Panorama - TV Globo Juiz de Fora/ MG) me convidaram para ir e fazer alguns contatos. Foi nesta ocasião que eu conheci a Marcela, sobrinha do Sr. Rubens. Conversamos um pouco e trocamos telefone. Cheguei a ligar para ela depois de alguns dias convidando para comemorar meu aniversário comigo. Muita falta de noção de minha parte, eu nem conhecia a menina direito. Talvez minha mãe não estranhasse minha atitude, pois eu não esquento muito a cabeça mesmo, além do mais eu precisava fazer contatos e amigos nesta cidade. Comemorei meus 29 anos numa chopperia com a Elaine, a Virgínia, o Fagner e o Tiago. A "festinha" foi surpreedente (merece um texto exclusivo), cheguei em casa acabada de tanto dançar, cantar, conversar, conhecer pessoas e me divertir.

Eu já havia feito meus pedidos de aniversário a Jesus. Confesso que fiquei um 'tantinho' decepcionada ao me dar conta de que meu aniversário já havia passado e nada ainda. A Óli e o Dudu estavam prestes a chegar, o mês estava acabando, e eu não poderia (quer dizer, não queria) continuar na casa deles, por mais que o casal tivesse deixado claro que eu não tinha que me preocupar com isso e que eu poderia ficar o tempo que fosse necessário. Mas, às vezes, eu tenho um pouco de noção (às vezes rsrs).

Faltando um dia para eles desembarcarem em São Paulo, recebi uma ligação da Marcela me convidando para morar com ela. Eu não pensei nem no local, nem no apartamento, nem nas contas, em nada, simplesmente aceitei. Tinha certeza de que era um dos "presentes" de Deus. Mudei para Santa Cecília e, em menos de duas semanas, consegui o trabalho que eu estava procurando. Atualmente, sou Relações Públicas de uma editora de revistas de negócios. Não é exatamente a atividade que eu vim buscar em São Paulo, mas era a primeira oportunidade, mais um "presente" abençoado. Tão abençoado que foi aqui na editora que começamos a colocar em prática um pouco dos conceitos de responsabilidade social e sustentabilidade, elaboramos um projeto e ganhamos até visibilidade. Também foi aqui que ganhei duas grandes amigas, irmãs e parceiras - Tami Arita e Renata Oliveira. Hoje, estamos desenvolvendo um projeto nosso que tem o intuito de ajudar e conscientizar as pessoas. Estamos super felizes e empolgadas!!!

Não posso e não devo reclamar de nada. Pelo contrário, em apenas um ano em São Paulo muita coisa boa aconteceu, MUITA mesmo! Hoje, estou morando com a Emi, na Vila Mariana. O apartamento e o local são excelentes. Continuo empregada, consegui terminar o inglês básico e o curso da FIA, fiz vários outros amigos (alguns especiais como Amauri), conheci uma nova igreja (a Liber) e estou prestes a me tornar membro para aprender ainda mais e poder dar minha contribuição. Com tudo isso, só posso dizer que acredito cada vez mais no amor que Jesus tem por nós e no poder de Deus. Tenho certeza que o próximo ano será ainda mais abençoado, pois Ele está na direção da minha vida. E eu continuo com os meus planos, meus pedidos e meus sonhos. Daqui a alguns dias, completo 30 aninhos, pedi outros presentes de aniversário. Não tenho a menor dúvida de que todos eles me serão entregues, no tempo de Deus, da forma como Ele determinar, pois sei que O MELHOR ESTÁ EM SUAS MÃOS, somente em suas mãos!!!




terça-feira, 15 de setembro de 2009

O presente que eu quero dos meus pais


São Paulo, 15 de setembro de 2009.

Mãe, Pai

Desculpe-me por estar escrevendo uma mesma carta para os dois. Estou cheia de coisas para fazer no trabalho, preciso agilizar. Além do mais, o assunto que eu tenho para tratar com vocês é o mesmo. Então vou ser direta ao ponto: vou me casar!!! Brincadeira, calma! Não é isso (ainda) que eu tenho para dizer. Vejam bem: ainda, porque se Deus quiser, muito em breve, farei este comunicado. Só preciso encontrar, primeiro, um homem de Deus (risos).

O real motivo desta carta é a vontade que eu tenho de estar perto de vocês, a necessidade da presença e a saudade que é grande demais! Claro que eu tenho um relacionamento bem diferente com cada um. Entre a mãe e eu, operou-se algo mágico. Hoje, declaro para quem for que ela é minha mãe no mais amplo e sublime significado que esta palavra possa ter. Um anjo de Deus com a missão de cuidar e ocupar-se integralmente de nós, de nossas preocupações e de nossas angústias. Mãe, você sabe o quanto significa para mim e como conseguimos fazer esta relação entre mãe e filha crescer, tornar-se sólida, carinhosa e abençoada. Te amo demais!!!

Já com o pai foi diferente. Ela já nasceu mágica, depois tivemos alguns obstáculos a enfrentar. Seu caminho ficou desalinhado com os nossos anseios e necessidades, mas mesmo assim nunca deixamos nosso amor ser abalado. Com o maior privilégio, posso dizer aos meus amigos que tenho o pai mais ‘louco’, carinhoso e divertido do mundo. Eu os amo de todo o meu coração e de toda a minha alma.

Nunca tive um filho, por isso nem sequer desconfio do tipo de sentimento que brota num ser humano quando ele assume a missão de ser MÃE ou PAI (em muitos casos, ‘pai’ e ‘mãe’ ao mesmo tempo). Um dia, quem sabe, eu descobrirei... A questão é que, para nós, os filhos, vocês são a base da nossa vida. São vocês quem nos constrói, colocam os tijolinhos, o cimento, as ferragens, vão nos estruturando de modo que possamos ser completos, fortes e capazes de agüentar as adversidades da vida. Pois a vida é feita disso mesmo, e a oportunidade que temos de aprender aqui na Terra é abençoada. Se acreditamos em Deus, reconhecemos em Jesus o Senhor de nossas vidas, cultivamos a fé e temos a companhia e o amor de nossos “anjos guardiões” – o pai e a mãe, conscientes – tudo fica mais leve e alegre.

Eu estou a alguns dias de completar 30 anos. Vocês, algum dia, pensaram que veriam um filho completar 30 anos de idade? Que benção heim... Eu mesma ainda me lembro quando ganhei de Natal um boneco que parecia um bebezinho; lembro quando ganhei minha primeira bicicleta (que felicidade!); lembro de quando a gente viajava para Miracema nas férias, no Natal, na Páscoa etc; lembro quando o pai me deu uma coça porque me pegou beijando no portão de casa; quando ele quebrou uma vassoura nas minhas pernas no meio da rua, na frente dos meus amigos, só porque eu havia saído do castigo sem autorização; quando eu tive o azar de ser pega por vocês matando aula, quando quebrei meu dente andando de bicicleta e ainda tomei uma bronca; quando arrumei meu primeiro emprego e cheguei toda feliz em casa mostrando meu primeiro salário; quando não fui aprovada no vestibular, quando fui aprovada; quando arrumava confusão com os meus namoros; quando saía para a balada e chegava em casa naquele estado; lembro quando me despedi da minha mãe porque decidi sair de casa e tentar vida profissional em outra cidade (que dor!). Quantas coisas ainda são tão claras em minha lembrança, muitas delas parecem que aconteceram ontem.

Se eu pudesse escolher, preferiria não crescer! Preferiria ser dependente de vocês até hoje, ficar debaixo de suas asas. Estou dizendo isso, pois percebo nitidamente como meus “problemas”, coisas bobas e simples, tomaram outra proporção simplesmente por eu não contar com a companhia e a presença de vocês. Só em tê-los por perto, tudo muda de figura. Mas segundo a lei de Deus, nós precisamos crescer e amadurecer. Como diz a Sua Palavra, temos que deixar nossos pais e sua casa para formar a nossa família, ou seguir o nosso caminho, que é único e individual.

Neste aniversário, eu só gostaria de receber uma carta de vocês dois. Que nela vocês escrevam alguns conselhos, algumas dicas, coisas que possam ser úteis na minha caminhada pessoal, profissional, espiritual e, também, afetiva (risos). Principalmente afetiva, estou precisando tanto neste momento. Não é fácil ficar sozinha numa cidade como São Paulo. Ela pode ter mais de 10 milhões de habitantes, mas a gente não encontra um que possa preencher o buraco que fica em nossa alma longe das pessoas que a gente mais ama.

O engraçado disso tudo é que eu não quero e nem pretendo voltar. Não, agora. Não sem ter conquistado o que eu vim buscar aqui. Eu mesma não sei exatamente o quê é, só Deus tem esse conhecimento. Mas sei que tudo virá, e virá por Tuas Mãos. Confio demais em Deus Pai, esse é o meu maior consolo, é onde se concentram todas as minhas forças e esperanças. Talvez, seja por isso que tomei a decisão de estar mais próximo dEle, seguir fielmente seus ensinamentos e seu caminho. Se tem uma coisa que me levanta totalmente o astral hoje, aqui em São Paulo, é estar na Líber (a Igreja Batista da Liberdade), em comunhão com Jesus e meus queridos irmãos em Cristo. Engraçado eu falar assim, não é mesmo? Mas é verdade. Não somos realmente todos irmãos em Cristo Jesus? Estou muito feliz por estar recebendo tantas bênçãos de Deus, pelas pessoas que Ele tem colocado em meu caminho, mas MINHA QUERIDA MÃEZINHA TEREZA e o MEU PAI SUPER ESPECIAL GILBERTO são insubstituíveis, são a minha base, a minha segurança, o meu consolo, a minha proteção, o alívio e o amor que eu conheci neste mundo. Agradeço também, imensamente, a Deus pelos meus irmãos. A Adriana e o Dudu são meus companheiros fiéis, verdadeiros amigos e parceiros. Agora, tem mais um: o Giovane. Espero que ele possa compartilhar com a gente a alegria de poder contar uns com os outros, de sermos irmãos de verdade, em carne e espírito.
Mãe, Pai, escrevam para mim. Estou na ‘olho do furacão’ (risos), ou seja, na crise dos 30! Preciso de orientações, conselhos, força, ânimo, coragem e fé. Ficarei esperando ansiosa a cartinha de vocês, ouviu?

Com todo carinho do mundo
Da filha mais velha de vocês,
Raquel Corrêa Silva, 30 anos!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Adoro cartas


Querida família paterna

Espero que tenham ficado felizes com a surpresa – a minha cartinha! Simples e humilde, mas uma verdadeira manifestação e declaração de todo o amor, carinho e consideração que sinto por todos vocês: Tia dos Anjos, Sara, Rili, Omar, maridos e esposas, as crianças... Todos!

Desde de que me mudei para São Paulo, poder vê-los e encontrá-los ficou um pouco mais complicado. Por conta disso, mais meu coração sente saudades. Mais tenho vontade de voltar às ‘raízes’ e ficar perto das pessoas que são importantes para mim e que me amam de verdade. É necessário ter coragem para seguir nosso verdadeiro caminho, para seguir nosso coração e se entregar totalmente à vontade de Deus, nosso Pai, e Jesus, nosso Senhor. Se não fosse pela fé que eu tenho na Trindade Santa, se não fosse pela proteção e pelo amor que sinto que vem de Deus, talvez eu já tivesse desistido dos meus sonhos.

Sim, eu vim para São Paulo para realizar alguns sonhos. Hoje, descobri que o maior deles é colocar Jesus no centro da minha vida e, por meio desta atitude, tornar-me cada vez mais dependente da sua graça e do seu amor. Mas também estou lutando para conseguir um trabalho que possa fazer a diferença e que possa ser útil à sociedade. Há bastante tempo, dedico-me a estudar e buscar mais conhecimentos na área de responsabilidade social e sustentabilidade. Os termos ainda são relativamente novos, tanto em São Paulo como no mundo todo, mas estão ligados à justiça social, ética nos negócios, preservação ambiental, compromisso empresarial com a comunidade e com o mundo em diversos aspectos e nos mais amplos sentidos.

Tenho fé de que, muito em breve, estarei participando ativamente desse ‘movimento’, desse novo jeito de se fazer negócios e de se relacionar. Afinal de contas, sou uma profissional de comunicação. Posso dar minha colaboração transmitindo à pessoas informações importantes de como enfrentar os problemas que estamos vivendo atualmente. Rezem sempre por mim. Esse presente fará uma grande diferença!

Por falar em ‘presente’, dia 26 de setembro completo 30 aninhos. Alguém se lembra do meu primeiro aniversário? Lá em casa tem uma foto linda com o meu pai, minha mãe, Tia dos Anjos, a Rili e eu. Sabem o que eu mais queria de presente, passados esses 29 anos? Ver meus pais juntos novamente. Eu admito que, talvez, essa não seja a melhor opção, e nem tenho o direito de interferir. Até hoje, eu não consigo entender direito como a Tereza e o Gilberto conseguiram se unir sendo tão diferentes, o extremo um do outro. Mas não cabe a mim entender, pelo contrário, eu só tenho é que agradecer pois desta ‘maluca’ união acabei vindo parar neste mundo! Depois, veio a Adriana e o Dudu, que são verdadeiras bênçãos em nossas vidas.

Vocês, minha querida família, são partes desta minha história abençoada que Deus está escrevendo. E eu, modéstia à parte (risos), sou parte da de vocês também. Não quero jamais perder este tesouro. Outro dia, liguei para a Rosângela, filha do tio Valter, que mora lá no interiorzão de São Paulo. Conversei com ela um tempão sem nunca tê-la visto pessoalmente, mas o carinho foi tão grande só por saber que somos família que cheguei a ficar emocionada. No mês passado, estive em Curitiba a trabalho. Claro que não perdi a oportunidade de visitar a Leda e a tia Aparecida. Fiquei imensamente feliz ao ‘descobrir’ mais dois novos priminhos – a Fefê e o Gabriel. Certamente, essas são as coisas mais preciosas deste mundo. É isso aí, família! Já me estendi demais, para variar... Fiquem com Deus e que Jesus os abençoe.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Palavra


CONTINUAÇÃO DO E-MAIL QUE MANDEI PARA MINHA IRMÃ:


Você disse que gostaria de ter uma experiência como a do livro Profecia Celestina, pois muitas vezes as palavras lhe soam ocas. Aí eu penso: como foi que Jesus transmitiu seus ensinamentos? Resposta: foi por meio de palavras, das parábolas, conversando e dando exemplos.

Os apóstolos se incubiram de escrever tudo o que eles vivenciaram e o que Jesus ensinava para que depois pudessem ser transmitidos a tantas outras pessoas. Não espere essas experiências, irmã! Tem muito pastor, padre, líderes religiosos etc tentando convencer as pessoas de que elas precisam sentir frio, calor, dormência, arrepio ou sei lá o quê, e que isso é a presença de Deus, o Espírito Santo. Mesmo que seja, o que isso altera moralmente as pessoas? O que muda em seus corações?

Nós, profissionais da comunicação, que usamos principalmente as palavras para desenvolver nosso trabalho, que acreditamos que elas possam despertar a consciência das pessoas, instruí-las, trazer 'luz' e melhorar o mundo em que vivemos, não podemos achar que as palavras são ocas. Senão, nosso trabalho e nossa profissão não tem razão de ser, não acha?

O que pode está acontecendo é que você não se sente 'tocada' com elas, mas isso acontece comigo também, direto. Eu acho que é falta de conhecimento mesmo, de aprofundamento e de uma compreensão plena. Meus irmãos batistas dizem que a gente precisa pedir ao Espírito Santo para nos dar o entendimento, a sabedoria e o discernimento. Eu estou fazendo este exercício agora. Por que você também não tenta? Deus é a fonte de TODO o conhecimento e sabedoria. Com certeza, ficará feliz em oferecer o que Ele tem de mais valioso, além do Amor, a seus filhos e filhas. É isso o que Ele quer.

Vou compartilhar uma coisa muito particular com você. Eu descobri que, mesmo frequentando religiosamente a Igreja, realizando um trabalho voluntário e assistindo às missas todos os domingos, no fundo eu não percebia/sentia Jesus. Eu estava distante dele por mais que fechasse meus olhos, ajoelhasse e fizesse minhas orações. Sabe o que estava faltando, no meu caso específico? Me humilhar diante dele!!! Eu sei que pode soar estranho, a gente não está acostumada a admitir muito estas palavras, de certa forma 'negativas', relacionadas ao representante de todo o Amor do mundo. Considerava que Ele não necessitava dessa minha manifestação, queria de nós 'obras', algo que pudesse ajudar o próximo concretamente.

Quer saber? Estou convencida de que Ele não necessita de nada que venha de nós, a não ser do nosso reconhecimento, da nossa humildade. Nós precisavamos aprender a ser pequenos, simples ovelhas, filhos dependentes. Jesus se colocou dependente de Deus todo o tempo em que esteve aqui entre nós.

E o que me impedia de estar próximo d'Ele era essa dificuldade de me humilhar, de me colocar totalmente dependente da sua graça e do seu amor. Além disso, como sermos humildes diante dEle se damos mais valor e atenção às coisas do mundo, aos nosso problemas e aos nossos desejos? Sei que ainda sou muito orgulhosa, vaidosa e até mesmo soberba. Vou precisar travar uma luta grande contra tudo isso. Fico feliz porque já consegui identificar as pedras que estão no caminho que me leva a Jesus. Agora é tratar de arrancá-las. Não há outra forma, a não ser exercitar esse sentimento de entrega, conversar com Ele, rezar mesmo, ainda que possa parecer uma convenção. O que importante é o seu relacionamento íntimo com Jesus, não a Igreja, as pessoas ou qualquer outra coisa.

Decidi que não quero passar por este mundo como todo mundo passa, sofrendo as mesmas dores, as mesmas angústias, batalhando pelos mesmos anseios, travando uma verdadeira luta para conquistar tudo o que pode nos proporcionar uma satisfação pessoal e material. O que eu percebo, infelizmente, é que as pessoas morrem sentindo como se algo faltasse em suas vidas, mesmo tendo usufruído tudo de bom que o mundo oferece. Eu quero algo diferente, mesmo que para isso seja necessário se diferente das outras pessoas, pouco aceita, fora do "padrão" ou das convenções do mundo.

Obs.: Agora, para não ser hipócrita, ainda está me faltando algumas coisas sim, e Jesus sabe disso - um trabalho na área de responsabilidade social e um namorado de Deus, para inicío de conversa rsrsrs. Beijos

Jesus e eu


E-MAIL QUE ESCREVI HOJE PARA MINHA IRMÃ ADRIANA:

Oie!!! Bom dia, irmã!

Como cheguei a te falar domingo rapidamente, por telefone, a pregação do pastor foi incrível. Ele pegou uma passagem da Bíblia em que Jesus pergunta a seus discípulos mais ou menos assim: "O que vocês tem ouvido a falar a meu respeito por aí? O quê estão dizendo que eu sou?" Os apóstolos respondem: "Mestre, uns dizem que você é Elias, outros que é João Batista, outros ainda que é um dos profetas." Jesus: "Mas e vocês, que acham que eu sou?" Então, Pedro responde: "Você é filho de Deus Vivo, Nosso Senhor e Salvador." E Jesus declara que bem-aventurado é Pedro pois isso não lhe foi revelado pelo homem, mas pelo espírito de Deus.
Então, o pastor jogou a pergunta para a gente e começou a nos questinar: por que falamos tão pouco de Jesus, por que nem ao menos sabemos exatamente o que Ele é e, ainda por cima, não damos valor a isso? Hoje cedo, li em Isaías (por acaso) que já se falava de um menino que viria ao mundo para nos redimir. Ele recebe o nome de Maravilhoso, Conselheiro, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz. Fiquei muito comovida e me senti mal por ignorar tamanho Amor.

Não estou aqui para levantar nenhuma bandeira, quero me controlar nesta questão rsrs, mas devo admitir que estou aprendendo muito na igreja em que estou, especificamente na Liber, pois não conheço outras. Eles falam com vigor, com uma fé ardente e real, como se Jesus estivesse ali concretamente. Hoje, eu consigo conceber isso melhor e estou muito feliz por estas descobertas. Juro que queria compartilhar essa felicidade interior com você, com a mãe, com o Dudu, com o pai etc. É um conhecimento, uma fé, uma benção que indepente de religião.

Nós sabemos que Jesus veio a este mundo, única e exclusivamente, para mostrar o caminho que leva ao nosso Pai Criador. Ele veio para nos libertar do "cativeiro", que são nossos pecados, nossas fraquezas morais, espirituais e carnais. Veio para mostar que esse mundo aqui na Terra é uma passagem, que o nosso lugar é ao seu lado, no reino do céu. Veio para cumprir o propósito de Deus, para enfrentar todo o mal que assola o mundo e nos libertar da dor, da aflição e do tormento. E mesmo assim a gente ignora, sofre, não confia e não se entrega em Suas Mãos. Ele sabe o que é melhor para nós e pode fazer TUDO para que sejamos felizes de verdade.

Hoje, quando fico triste por estar sozinha em São Paulo, imediatamente me lembro que tenho Jesus. Ele nos disse que ficaria ao nosso lado hoje e sempre, até o fim dos tempos. Não poderia ter companhia melhor!