quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

O mal não merece comentário.



Bendita mensagem li no meu livrinho da sabedoria logo de manhã, "o mal não merece comentário." O mais incrível é que minutos depois fui desafiada a cumprir este preceito. O ambiente de trabalho é terreno fértil para exercitarmos nossas virtudes morais e passar por provações e desafios que vão atestar se estamos, de fato, evoluindo ou pelo menos fazendo um esforço para sermos seres humanos melhores e mais fortes. Fortes contra o mal, contra o poder e a influência da inveja, do egoísmo, do orgulho, do ciúme, da mesquinharia, da falta de solidariedade e da compaixão pelo próximo. Na grande maioria das vezes, esses atributos humanos inferiores dão corpo às nossas palavras, pensamentos, sentimentos e ações. E é isso o que compartilhamos com as pessoas.

Como é difícil ficar calada! Como é difícil não tecer um comentário negativo quando ouvimos algo que também recriminamos. Como é difícil não fazer julgamentos superficiais ou qualquer tipo de julgamento. Como é difícil recusar-se a participar de uma conversa inútil. Como é difícil se retirar de um ambiente que não agrega nada de positivo. Como é difícil perceber isso. Como é difícil ter coragem para declarar sua decisão de não compactuar com pessoas que utilizam preciosos minutos de suas vidas para criticar as pessoas.

Sabemos que é pura perda de tempo. Pior do que isso, é um ato que só nos traz prejuízo, pois nos envolve numa vibração negativa e de inferioridade que acarreta diversos danos na parte emocional, mental e espiritual. Na parte prática, perdemos credibilidade e a confiança das pessoas que já alcançaram níveis de qualidades morais mais elevados. Corremos o risco de sermos incovenientes, desagradáveis, desprestigiados ou relegados. E ser humano não suporta muito esta condição. Por mais que ainda tenhamos um coração de pedra, e talvez justamente por isso, é que buscamos incessantemente o amor, o calor humano, as vibrações dos bons sentimentos e uma vida saudável em comunidade.

Como viver numa comunidade sendo uma "praga" que pode contaminar todo o terreno e todos os outros execultores? Que tipo de frutos podemos oferecer se nossa boca (e nosso coração) não é capaz de ser útil e construtivo, se não sabemos por meio de nossas palavras construir um ambiente de tolerância, respeito e solidariedade? Vivemos sim num universo corporativo, onde as empresas e profissionais matam um leão por dia para manter a saúde financeira de suas organizações. Mas não é pelo caminho da competitividade desequilibrada, da vaidade egocêntrica ou do individualismo que vamos conseguir alcançar rentabilidade e resultados positivos nos diversos níveis pessoais e empresariais.

Por isso, comecemos por este simples exercício: ignorar as coisas negativas que a gente escuta e também não contribuir para que esta vibração aumente. Ou seja, melhor ficarmos quietos se não temos nada alegre ou útil que mereça ser compartilhado com as pessoas. Vivemos num mundo de troca, portanto receberemos sempre quilo que doamos. Em alguns casos, numa carga até maior. Aproveitemos estes momentos para fazer uma auto-avaliação e, quem sabe, melhorarmos em diversos outros aspectos da vida: moral, social e até profissionalmente.

A boca fala daquilo que o coração está cheio”. (Mt 15,18)

6 comentários:

Adriana Corrêa disse...

Belíssimo texto. É um execelente artigo sobre gestão de pessoas. Vamos divulgar! E isso era pq vc não gostava de escrever, heim!? Só faltava se encontrar e, pelo visto, vc está conseguindo. Manda para algumas revistas. Assinado e com uma foto sua, como colaboração. É legal ter artigos publicados. Vou divulgar no twitter e mandar para os meus amigos aqui em Macaé. Muito bom!!!

Michelle Araujo disse...

Concordo com a Adriana...vou twittar tb...bjo e obrigada pelas palavras, estava precisando idsso hoje!

Olivia disse...

Raquel, você me surpreende, sabia? Quanta sabedoria cabe num ser tão pequeno, heim? Esse texto foi, realmente, inspirador. Nunca tinha pensado o ambiente de trabalho dessa forma e você está cobertíssima de razão. Obrigada por compartilhar conosco isso de que seu coração está cheio e chama-se amor!
bj

Raquel Corrêa disse...

Olá, meninas.
Obrigada pelas "palavras" e pelo apoio. A questão é tão séria e me impactou tanto que hoje de manhã ouvi de um senhor bem velhinho, parecia estrangeiro,no ônibus, a seguinte frase: "nossa língua deveria servir apenas para duas coisas - rezar e edificar."

Ver dicionário:
* EDIFICAR = elevar, construir, criar, fundar (Jesus Cristou edificou a sua Igreja)
Fig. Induzir ao bem com bons exemplos (Os santos edificaram os povos com as suas virtudes)

Para mudar o mundo é necessário transformar o coração e cabeça das pessoas. Como comunicadoras (e evangelizadoras) que somos, vamos fazer a nossa parte.

Beijos

Raquel Corrêa

Bárbara O. dos Santos. disse...

Olá estava fazendo uma pesquisa para uma foto no orkut sobre diferenças.E acabei achando uma foto do seu blgo e quando eu li o nome dele 'meu compromisso no mundo' me interessei muito em lê-lo e não em arrependi.
Adorei mesmo aqui o que você escreve e como escreve!
E é realmente dificil pensar nas palavras ditas pois você encerrou com a frase perfeita:
“A boca fala daquilo que o coração está cheio”. (Mt 15,18)

O problema é que hoje em dia acontece um coisa pequena pra gerar um sentimento ruim enorme dentro das pessoas acho que é por isso que as bocas ficam cada vez mais sujas.
rs'

Voltarei mais vezes com certeza!
Te likarei pra ficar ligada no que você anda escrevendo por aqui,ok?
Beijos!

Eduardo F. Dimer disse...

Ola!
Venho por meio desta mensagem, convida -los para conhecer um novo blog:
Blog O ALTÍSSIMO
O blog espírita que leva a apalavra de Deus:
http://o-altissimo.blogspot.com/

Gostei muito deste blog!!

Está matéria é tão boa que postei no meu blog (com os direitos autorais é claro) mas qualquer coisa se não quiseres eu tiro é só pedir!!

Parabéns!!
obrigado!!