quinta-feira, 23 de julho de 2009

Sobre o diploma de jornalista - Conversa com a Turma Mercenária


Eu ainda não havia me manifestado sobre a exigência do diploma de jornalista.
Lamentei muito quando fiquei sabendo da notícia e confesso que cheguei a me senti um 'nada'. Tudo bem que eu nunca exerci a função. Ainda na faculdade, decidi ir para outra área: Marketing -> Eventos -> Relações Públicas e, quem sabe, muito em breve, -> Responsabilidade Social.

Nessas áreas em que atuei, sempre lidei com pessoas que não tinha formação, mas aprendi muito com elas por conta da experiência, da visão, da criatividade e do lado empreendedor. Tive uma estagiária de Publicidade e Propaganda, formada na Universo (instituição que tantos recriminam), que me dava um banho. Fizemos uma excelente parceria, levei-a para trabalhar comigo em uma outra empresa, depois ela assumiu o meu lugar e, hoje, abriu sua própria empresa. Se eu não estivesse em São Paulo, talvez hoje seria sua funcionária rsrs.

A maioria de vocês sabe que tive um chefe "descontrolado" na TV Alterosa, o famoso "Touro Bandido". Ele me matava de tanto trabalhar, sugava o meu sangue e eu brigava com ele constantemente.

Ele é uma cara super profissional, competente, dedicado, talentoso e carismático (enquanto era sua 'assistente', nem tanto) - atributos que toda empresa deseja em um funcionário. Mas não tinha formação superior. Às vezes eu até o incentivava a fazer uma faculdade. A própria emissora de TV poderia pagar um curso de Administração de Empresa, por exemplo. Bastaria que ele trabalhasse um pouco menos e saísse, depois do expediente, para assistir as aulas. Ele chegou a me confessar que não teria ânimo, que ouvir o professor falar coisas que ele conhece bem na prática o deixaria meio desestimulado.

Eu ficava pensando: "se ele já é bom sem estudo, quem dirá com mais conhecimento, com mais habilidades, com mais bagagem técnica, humana, social, econômica, política, mercadológica etc..." A gente precisa se atualizar sempre, estudar - no sentido literal da palavra. E também precisamos observar mais o mundo, as pessoas, viver experiências novas, aperfeiçoar-se, desenvolver-se e, assim, entregar ao mundo o que temos de melhor.

Não entendi essa última frase que eu coloquei no texto, mas talvez faça algum sentido para alguém. Quero dizer que, com ou sem diploma, serei sempre a Raquel Corrêa, comunicadora social, que procura utilizar sua vocação a serviço do bem comum, da conscientização das pessoas, para compartilhar informações e conhecimentos, para despertar em nós responsabilidades e novas atitudes, e transformar para melhor o mundo em que vivemos.

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