sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Quero viver um Natal pleno, por isso as cartinhas...
Rê e Tami
O que dizer a vocês, que foram presenças tão marcantes, tão importantes e tão especiais neste pouquinho mais de um ano de convivência? Não, isso não é uma despedida! Isso é apenas o início. O início de uma longa, sólida e alegre caminhada. Sei que o caminho é individual, feito pelos nossos próprios passos, mas o desafio se torna mais leve, mas alegre e mais produtivo com aqueles que andam ao nosso lado. Só posso (e devo) agradecer a Deus pela oportunidade de conhece-las. Ou será “reencontrá-las”? Risos... Tenho certeza absoluta de que nosso destino está marcado no universo, e Deus operando sem parar para que a gente se fortaleça e execute nossa missão. Nós precisamos evangelizar cada vez mais com a força da diferença. Porque gente que faz o convencional, nós já temos. Gente que atinge pessoas comuns, nós já temos. Gente que fala o que todo mundo já sabe, nós também já temos. Nós precisamos encontrar métodos, formas e pessoas que tenham facilidade e capacidade de chegar naquele lugar onde os convencionais não chegam....
Amo vocês!
Rachel rsrs
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PEDIDO DE NEGOCIAÇÃO DE DÍVIDA
À Diretora Financeira Editora Banas
Rotineiramente, o departamento financeiro recebe pedidos de compras, contratação de serviços, verbas, investimentos, entre outras ações. Para não fugir muito da prática, segue mais um pedido, porém desta vez este não vem para retirar, mas para “trocar”.
Quero entregar minha humildade e meu pedido de desculpas em troca do seu perdão.
Isso mesmo! Quero pedir perdão pela atitude imatura e despropositada que eu cometi há algumas semanas com você. Além disso, admito que você estava certa ao qualificar minha atitude como “vontade de aparecer”. Correto. Às vezes, sentimos ou ouvimos coisas que não nos agrada e, automaticamente reagimos. Na maioria das vezes, sem ponderar os fatos. É uma atitude de autodefesa, se vista por um outro ângulo.
O bom disso tudo é que mesmo tendo que passar por este constrangimento, percebo um saldo positivo. Só errando é que a gente tem a chance de aprender de fato. E eu não quero deixar passar esta oportunidade. Porque mais do que uma profissional competente e comprometida, sempre admirei seu jeito franco, honesto e sem rodeios para resolver as coisas. Aindo tenho o quê aprender com você. De verdade!
Perdão não significa esquecer as marcas profundas que nos deixaram, ou mesmo fechar os olhos para a maldade alheia. Perdoar é desenvolver um sentimento profundo de compreensão por saber que nós e os outros ainda estamos distantes de agir corretamente. Por não estarmos, momentaneamente, em completo contato com a intimidade de nossa criação divina, é que todos nós temos, em várias ocasiões, gestos de irreflexão e ações inadequadas.
Zenaide, neste Natal, só quero de presente a sua desculpa.
Raquel Corrêa
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Cristina/ Fernando
Já tive a oportunidade de falar isso com o Fernando, mas gostaria que a diretora da empresa da empresa também soubesse:
"Cristina, sou extremamente grata por vocês terem me dado a chance de fazer parte da Equipe Banas. Nunca esquecerei da minha primeira oportunidade profissional aqui, em São Paulo. Digo 'primeira' porque todos sabem que meu objetivo de vida é trabalhar com Responsabilidade Social e Sustentabilidade. Quero algo me me faça levantar da cama, todos os dias, faça chuva ou faça sol, feliz e responsável por algo que fará a diferença na vida das pessoas (talvez muito mais na minha própria vida). Mas Deus quis que eu fizesse parte desta "família" antes de qualquer coisa. Sou feliz e grata por isso. Tenho aprendido muito aqui. Em muitos casos, eu não me fiz compreender e talvez tenha até atrapalhado a direção da empresa, mas juro que meu intuito era ajudar. Gostaria de colaborar, agregar, acrescentar, não o contrário, mas talvez por falta de experiência, maturidade ou mesmo pelos próprios problemas que eu enfrento sozinha nesta metrópole, as coisas não sairam da forma como gostaria.
Aproveito a oportunidade para pedir desculpas por algo que fiz e que os desagradou. E quero agradecer também a oportunidade de trabalho que vocês me concederam. Se não fosse pela Banas hoje eu não estaria aqui em São Paulo tendo a chance de realizar o meu sonho. Ah, obrigada também pelo presente de Natal. Como é bom sermos lembrados, principalmente nos momentos especiais. Achei o máximo o vinho, o espumante e o panetone. Desejo que este vinho possa trazer mais calor humano para os nossos corações, que o espumante se manifeste na efervecência de criatividade, ideias e comemorações, e o panetone seja o alimento do dia-a-dia para nos sustentar no trabalho, muitas vezes árduo e cansativo, mas absolutamente necessário para o nosso crescimento e evolução.
Obs.: Eu enviaria esse e-mail para todos para compartilhar o meu sentimento, mas por orientação interna detenho a enviar somente para vocês, mesmo correndo o risco de ser atrevida mais uma vez.
Um final de ano muito abençoado para vocês e para todos nós!
Raquel Corrêa
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
"Espiritualidade e Responsabilidade Social"
Confiram este artigo sobre "Espiritualidade e Responsabilidade Social", de Carlos Queiroz.
Fiquei toda empolgada ao ler. Eu já havia pensando dessa forma, mas nunca consegui "traduzir".
Desejo que minha fé e minha crença seja desdobrada numa prática evangélica transformadora. Se não for assim, a religião não faz o menor sentido para mim...
ESPIRITUALIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL
Sempre que se fala de espiritualidade, pressupõe-se uma experiência humana no campo religioso e subjetivo da fé, alienada às demais experiências da vida. No cristianismo, quando se aborda sobre responsabilidade social, a ênfase recai no ativismo enquanto serviço prestado ao próximo, seja pela proclamação do Evangelho, seja pelas obras de misericórdia e justiça. Contudo, espiritualidade e responsabilidade social são eixos paralelos do mandamento principal das Escrituras: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo” (Mateus 22.37-39).
Assim, amar a Deus é uma missão espiritual, do mesmo modo que amar ao próximo é o exercício de uma espiritualidade missionária a serviço do outro. Estas duas manifestações cristãs evidenciam-se de forma interativa e interdependente. Por conta dessa interação, a espiritualidade cristã precisa sempre encontrar o seu caminho devocional em missão ao próximo. A espiritualidade pode ser entendida como uma experiência humana no campo da fé e a responsabilidade social e política, como uma resposta ética dessa mesma fé.
As relações sociais, políticas, econômicas e religiosas da sociedade em que estamos inseridos anunciam ou denunciam a espiritualidade desta mesma sociedade. Espiritualidade e responsabilidade social confluem-se na vida e natureza da Igreja de Jesus Cristo. De um modo geral, na cristandade, tem havido muita contradição entre a mesa do pobre e o altar suntuoso dos cristãos – e a falta de pão na primeira pode ser uma denúncia da ausência de espiritualidade no segundo. Acontece que a responsabilidade social cristã não pode tornar-se apenas um serviço voltado para o problema da falta de pão para os pobres, ao mesmo tempo que a espiritualidade não deve ser uma tarefa exclusiva em torno do altar.
Mais grave do que esta dicotomia é a constatação de que o cristianismo brasileiro, mesmo que numericamente significativo, não tenha conseguido responder, na mesma proporção de seu avanço quantitativo, às demandas de nossa sociedade, especialmente no que diz respeito à promoção da justiça. No contexto brasileiro, há várias práticas espirituais em diversas comunidades cristãs que evidenciam distorções e limitações na atividade missionária da Igreja. Se considerarmos a responsabilidade social e política da Igreja Evangélica como um desdobramento das práticas espirituais expostas nas vitrines no cenário religioso brasileiro, precisaremos rever com qual evangelho estamos comprometidos. Há uma espiritualidade de fetiche, marcada pela magia e crença no poder de objetos e amuletos. Nessa espiritualidade superficial e alienada do pão de cada dia para todos, a solução dos problemas e demandas da vida tendem a ser individualizada. Assim, a responsabilidade social da igreja tende a ser vista como uma interferência exclusiva pela via do milagre, e não como desdobramento de uma práxis evangélica transformadora.
Já outros grupos exercitam uma espiritualidade marcada pela supervalorização da estética em detrimento da ética. O serviço religioso é elaborado com todos os sinais externos de pompa e espetáculo. A espiritualidade é meramente ritualista, superficial, predispondo seus praticantes a uma missão que gira em torno do sucesso e popularidade de seus sacerdotes ou do reconhecimento de suas obras cultuais. A manjedoura, o jumento e a cruz são, no máximo, símbolos; mas os pobres recém-nascidos, os que possuem meios limitados de transportes e os que continuam em processo de crucificação em nada desfrutam de uma espiritualidade depreciadora da ética – isso quando a causa do pobre não é mera bandeira institucional e publicitária a serviço da imagem pública da instituição.
As comunidades de Jesus Cristo devem ser motivadas pelo amor a Deus e às pessoas, e não pelo amor ao dinheiro. Elas são chamadas à obediência na luta pela justiça e na prática da misericórdia. Para vencer o mal que se manifesta nas estruturas e conjunturas sociais, políticas, econômicas e culturais, elas buscam nos instrumentos estabelecidos pela sociedade civil os mecanismos para tornar a justiça um rio permanente. Numa democracia, as autoridades são todas as instâncias de poder para a prática do bem, conforme Romanos 13. Desse modo, uma igreja socialmente responsável se utilizará dos instrumentos democráticos para que a sua espiritualidade em missão tenha incidência nas políticas públicas, nos direitos do cidadão e nos testemunhos de boas obras e prática da justiça.
No Evangelho ensinado por Jesus, oramos no quarto secreto (tameion) ao Pai nosso que está nos céus, numa espiritualidade transcendente, pessoal e íntima que tem necessariamente implicações nas vivências públicas – afinal, a Igreja é o sal da terra e a luz do mundo. A oração ao Pai nosso é ao Pai da comunidade e na comunidade. Na Oração Dominical, quando se pede o pão nosso de cada dia, pede-se num gesto espiritual de oração por um bem social que pode ser acumulado ou socializado. Assim, espiritualidade e responsabilidade social são manifestações transcendentes e ao mesmo tempo inseridas nas realidades que vão se tornando história.
Fonte: Revista Cristianismo Hoje
http://cristianismohoje.com.br/
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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Pai, fale comigo
Eu pedi e Ele respondeu, bem no meio da tarde, durante o trabalho. Incrível!!!
"Filha, aquietai e sabeis que sou teu Deus
Tenho visto as tuas lágrimas, contemplando a tua dor
Em nenhum momento te deixei só
Sou o teu Deus, o teu Amigo, o teu Salvador
Tu és minha
Não temas
Eu estou aqui!
Se te humilhares e me buscares de coração
Contigo sempre estarei
Se passares pelas águas, contigo eu passarei
Se passares pelo fogo, também passarei contigo, filha
Se passares pelos espinhos, eles não irão te ferir
Não temas, filha minha
Não temas
Eu estou aqui!"
Senhor, como é bom ouvir sua voz.
Meu coração se alegra e eu me sinto mais confiante.
Sua filha amada, Raquel.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Sete dias...
Está difícil assitir aos noticiários ultimamente. Do início ao fim, a gente só ouve e vê cenas de corrupção, lavagem de dinheiro, desvios de verbas, negociação de propina, violência, tráfico de drogas, assassinatos, enchentes, desmatamento, alto índice de poluição, aquecimento global, catátrofes ambientais, contaminação de alimentos, remédios caros, pessoas morrendo nos corredores dos hospitais, suicídios, exploração, desemprego, falências, baixos salários, guerras, intolerância, pessoas roubando em nome de Deus, matando em nome de Deus, perdidas, solitárias, estressadas, doentes, desequilibradas, um número significativo de divórcios, traições, racismo, consumismo desenfreado, dívidas, aumento do consumo de drogas, bebidas alcoólicas e calmantes, crianças abandonadas e jogadas no lixo, prostituição... Falta comida, falta moradia, falta escola, falta educação, falta formação moral, falta estrutura familiar, falta esperança, falta luz... A verdadeira luz!
Será que esse mundo tem jeito? Qual é parte que nos cabe diante de todo esse contexto. Estamos realmente preocupado com isso, com as pessoas, com o meio-ambiente e com nós mesmos? Por um lado, eu acho que não, mas Deus certamente está. E por ser o mundo criação total e absoluta de Deus, acho que um dia Ele pedirá conta do que nos foi dado por empréstimo. Imagino o Senhor Todo Poderoso do Universo aparecendo instantaneamente, um dia qualquer, para cada cidadão da Terra e informando que temos sete dias - apenas sete dias - para corrigir nossas besteiras, reformular processos, adquirir atitudes mais responsáveis e conscientes, despertar bons sentimentos, praticar a justiça e a solidariedade, compartilhar conhecimentos, ajudar o próximo, salvar a natureza e sermos mais generosos. Sete dias para reconstruir o Mundo. O que você faria? Qual seria seu plano, suas estratégias e suas primeiras ações? Eu gostaria de fazer um filme ou escrever um livro com esse título, em todas as línguas: sete dias, siete días, seven days, sept jours, sieben tage, sette giorni, set dies, syv dage, sedam dana, sewe dae etc.
Não teríamos escolha. Se nos faltasse fé o bastante para nos mobilizar, infelizmente, perderíamos a oportunidade de viver nesse novo mundo. Se não quiséssemos fazer parte do projeto, seja por má vontade, egoísmo, ganância, orgulho, preguiça ou o que for, também seríamos retirados à força da Terra e transferidos para uma nova morada, mais condizente com a nossa evolução moral e espiritual. Se alegássemos algum tipo de limitação, esta não seria justificada, pois todo mundo de algum modo pode fazer alguma coisa para o bem comum. E um não pode fazer pelo outro, a tarefa é individual. Sete dias, esse é o prazo! Agradeçam a Deus se ainda tiverem a chance de viver até o fim deste período, pois de uma outra para outra, nossa tragetória aqui na Terra acaba. Usufruimos o que nos foi concedido e, por isso, temos obrigação de deixar as coisas da melhor maneira possível para as próximas gerações. Pensam que levarão alguma coisa? Nada! Não deixe que sua única contribuição seja seu corpo, que se transformará em alimento para os microrganismos que vivem debaixo da terra.
Sete dias. Você é capaz de fazer alguma coisa?
Juizo atual
Esta semana, tive um sonho muito estranho. Eu havia morrido e meu espírito estava indo em direção a um salão com uma iluminação bastante escassa. No fundo deste local, havia uma mesa grande, imponente, de madeira maciça, parecendo ser antiga e muito pesada. Eu fiquei parada diante dela como se estivesse esperando para ser atendida. Do outro lado, chega uma pessoa que, por conta da penumbra, não consegui ver o rosto, não identifiquei quem era, mas passava um ar de seriedade. Ele chegou carregando um livro grande, também pesado, com uma capa antiga marron escura. Colocou em cima da mesa e abriu-o deixando bater sobre a mesa a dura e pesada capa. Levei um susto e tive noção de que naquela obra estavam registrados coisas ao meu respeito. Pensei: "Se eu morri, provavelmente, estaria sendo julgada. Meu Deus, será que serei condenada? Fui tão má assim?" Bateu-me um frio na barriga e eu continuei como estátua, muda, diante daquela cena. A pessoa que parecia estar coberta por uma capa escura, com capuz e tudo, apontou lentamente com seu dedo indicador a primeira linha. Sem ao menos sair do lugar, consegui identificar a palavra H I P O C R I S I A, com todas as letras em caixa alta. Não precisou virar o livro para o meu lado e nem se aproximar de mim, a palavra se destaca como um luminoso na minha mente. Tive certeza de essa era minha primeira "acusação". A pessoa continuou e apontou outra palavra: vaidade.
Logo em seguida, meu despertador tocou e eu acordei. Não deu tempo de ler toda a lista, nem de saber quel era o caminho que eu percorreria depois daquela apresentação. Só sei que esta palavra - hipocrisia- ficou martelando em minha cabeça durante toda a manhã. Na hora do almoço, contei meu sonho para minha amiga Tami. Para confirmar o significado de hipocrisia, ela decidiu recorrer ao dicionário. Encontramos a palavra e ficamos surpresas ao constatarmos que ela estava marcada. A Tami me perguntou se eu já tinha consultado. Respondi que não. Aliás, era a primeira vez que eu pegava o dicionário da empresa, pois costumo consultar pela internet o significado das palavras. Estranho... Alguém teve a mesma curiosodade que a gente e chegou a marcar com lápis.
Pelo significado da palavra, considero que sou mesmo, em alguns momentos, bastante hipócrita. Não gostaria, não mesmo, mas tenho que admitir que exagero no politicamente correto e nas regras para um aceitável relacionamento social. Não sei porquê tive esse sonho, mas sei que ele me estimulou a analisar minhas atitudes e meus sentimentos. Peço a Deus que tenha misericórdia de mim e me mostre onde e como eu posso melhorar. Ser hipócrita é pior do ser má, eu acho. Mas eu não quero ser nenhuma das duas coisas. Quero ser melhor a cada dia, mesmo que para isso eu tenha que passar por "acusações", exames de consciência e até provações.
Hipocrisia, segundo o Dicionário Aurélio, é o ato de aparentar uma vistude ou sentimento louvável que não se tem; fingimento; simulação; falsidade.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Sobre o apagão...
Quando a luz dos homens apaga, a luz de Deus acende. Saulo precisou ficar cego em sua caminhada, rumo a Damasco, para ver a iluminação divina. Sua cegueira humana transformou-o em Apóstolo Paulo e, de perseguidor, passou a pregador.
O blecaute ocorrido este mês em 19 estados brasileiros foi um exemplo de escuridão iluminada. Normalmente, durante a noite, as famílias estão divididas dentro de casa, mesmo que todos entejam fisicamente juntos. O olhar de cada um está fixo no aparelho de televisão. Tão próximos e tão distantes. Ninguém se olha. Todos estão preocupados com a telenovela ou com o novo namorado de alguma atriz. Esposas e maridos mal se falam. Os jovens estão em frente ao computador. Mas a escuridão da semana passada rompeu essa rotina.
Abençoado blecaute! Com a iluminação de uma vela ou lanterna, as pessoas se olharam na penumbra. Deixaram as notícias dos famosos e as histórias trazidas pela mídia, viveram a própria vida. As pessoas conversaram. Se tocaram na escuridão. Se entreolharam. Guimarães Rosa já escrevera sobre “a precisão de se fazer lista das coisas todas que no dia por dia a gente vem perdendo. Só a pura vida”. É mister colocar nessa lista: “Precisamos apagar as luzes de vez em quando.”
A nova geração não sabe, mas um dos grandes programas de entretenimento que tivemos no passado foi a conversa. Sentar e contar casos e causos. Os avôs relembrando as lendas da juventude, alguma parábola, alguma fábula. Nós olhávamos para nossos pais e avós. Nós escutávamos uns aos outros. Nós olhávamos nossos ancestrais e aprendíamos com eles. Será preciso uma queda de energia elétrica para que os seres humanos olhem seu próximo mais de perto?
Muitos sabem o nome dos filhos de atores hollywoodianos, mas não sabem onde os próprios filhos estão, o que estão fazendo, o que eles pensam, o que eles querem. Muitos filhos escutam a história de qualquer um na rua, mas são incapazes de reservar um minuto para os pais. Muitos maridos sabem a vida de suas colegas de trabalho, no entanto, desconhecem os anseios e pensamentos de suas esposas. Muitas esposas, da mesma forma, sabem os sonhos de várias pessoas, mas desconhecem o desejo do próprio marido.
Por favor, apague a luz. Abra os olhos, os braços, os ouvidos, o coração. Só assim você poderá enxergam o outro e a vontade de Deus.
Texto de Elisabete Ferraz Sanches, professora graduada em Letras pela USP, pós-graduada em Português: Língua e Literatura pela UniSant’Anna e mestranda em Literatura Brasileira pela USP.
Almoço de domingo!
Detesto almoçar sozinha, tomar café sozinha ou jantar sozinha, no entanto estou aqui, mais uma vez, na praça de alimentação de um shopping, domingo, sozinha! Estou tentando segurar a onda para não derramar umas gotinhas de água salgada no prato e piorar ainda mais a situação. Porém, já perdi a conta de quantas vezes passei por isso aqui, em São Paulo. Percebo várias pessoas na mesma situação, mas eu não consigo me acostumar.
Domingo não é dia de comer em shopping. Domingo não é dia de comer sozinha. Domingo é dia de almoço em família ou com os amigos. Saí da Igreja agora há pouco e ela está celebrando o mês do Amigo. O Pastor falou tantas vezes que nós, cristãos, temos o dever de ser mais companheiros, mais afetuosos e mais próximos uns dos outros. Chegou a contar que Jesus, em seu período de peregrinação e pregação, comia e se hospedava na casa de amigos ou até mesmo na casa de estranhos que lhe abriam as portas.
Sei que não posso reclamar dos amigos que fiz aqui e que muito me apóiam, mas tem hora que é difícil, não dá para controlar esta sensação de estar ‘sozinha’. Tem hora que minha única vontade é voltar para perto da minha família, para minha casa, para os meus amigos de infância, para minha igreja e para minha rua. Neste momento, se Deus pudesse me conceder um desejo, o último de toda a minha vida, seria estar em casa com os meus pais e meus irmãos num belo almoço de domingo. Ah! E o Crack também rodeando a mesa.
Às vezes penso que sou mal agradecida. Devia estar satisfeita por ter comida, por ter trabalho, por estar em São Paulo - algo que muito desejei. Devia estar feliz por ter amigos, vários, e alguns que em pouco tempo tomaram posse de um lugar especial no meu coração. Eu sei que eu podia ligar para alguém agora, mas “pedir”, neste caso, é tão estranho... Soa-me melhor quando é espontâneo e até imprevisível. O convite de um amigo sempre é uma surpresa boa e gostosa.
“Senhor, perdoe-me por não compreender os seus desígnios. Sei que estás sempre ao meu lado, apesar de muitas vezes eu não me sentir digna do seu amor e da sua presença. Perdoe-me por minha limitação e por não conseguir enxergar as grandes bênçãos que o senhor está preparando para mim. Perdoe-me pela minha fragilidade e pela dificuldade que tenho de fazer com que o teu Espírito preencha todos os espaços vazios da minha vida”.
Sou grata sim e sempre serei, mas tenho precisado tanto de um abraço forte, de um aconchego, um carinho de Pai, uma companhia que me considere especial. Não digo que o problema é São Paulo, o problema está no coração das pessoas. Mas aqui, em especial, sinto um clima “morno”, relações “mornas”, distantes, não fisicamente, digo emocionalmente. Sei lá! Até com a pessoa com quem eu divido apartamento há mais de seis meses não consegui estabelecer nenhum vínculo de amizade e entrosamento. É meio cada um por si e Deus por todos.
Mas será mesmo que desse jeito eles se lembram de Deus? Tenho minhas dúvidas. Talvez falam por falar, falam para aparecer, por hábito ou, ainda, demonstram “religiosidade” por pura convenção social ou tradicionalismo. Mas lá dentro, em seus corações, falta sentimento, falta calor humano, falta doação e falta comunhão. Cristo sempre quis que nós, filhos e filhas de Deus, aprendêssemos a viver em comunidade, como irmãos, amando-nos e respeitando uns aos outros.
Domingo não é dia de comer em shopping. Domingo não é dia de comer sozinha. Domingo é dia de almoço em família ou com os amigos. Saí da Igreja agora há pouco e ela está celebrando o mês do Amigo. O Pastor falou tantas vezes que nós, cristãos, temos o dever de ser mais companheiros, mais afetuosos e mais próximos uns dos outros. Chegou a contar que Jesus, em seu período de peregrinação e pregação, comia e se hospedava na casa de amigos ou até mesmo na casa de estranhos que lhe abriam as portas.
Sei que não posso reclamar dos amigos que fiz aqui e que muito me apóiam, mas tem hora que é difícil, não dá para controlar esta sensação de estar ‘sozinha’. Tem hora que minha única vontade é voltar para perto da minha família, para minha casa, para os meus amigos de infância, para minha igreja e para minha rua. Neste momento, se Deus pudesse me conceder um desejo, o último de toda a minha vida, seria estar em casa com os meus pais e meus irmãos num belo almoço de domingo. Ah! E o Crack também rodeando a mesa.
Às vezes penso que sou mal agradecida. Devia estar satisfeita por ter comida, por ter trabalho, por estar em São Paulo - algo que muito desejei. Devia estar feliz por ter amigos, vários, e alguns que em pouco tempo tomaram posse de um lugar especial no meu coração. Eu sei que eu podia ligar para alguém agora, mas “pedir”, neste caso, é tão estranho... Soa-me melhor quando é espontâneo e até imprevisível. O convite de um amigo sempre é uma surpresa boa e gostosa.
“Senhor, perdoe-me por não compreender os seus desígnios. Sei que estás sempre ao meu lado, apesar de muitas vezes eu não me sentir digna do seu amor e da sua presença. Perdoe-me por minha limitação e por não conseguir enxergar as grandes bênçãos que o senhor está preparando para mim. Perdoe-me pela minha fragilidade e pela dificuldade que tenho de fazer com que o teu Espírito preencha todos os espaços vazios da minha vida”.
Sou grata sim e sempre serei, mas tenho precisado tanto de um abraço forte, de um aconchego, um carinho de Pai, uma companhia que me considere especial. Não digo que o problema é São Paulo, o problema está no coração das pessoas. Mas aqui, em especial, sinto um clima “morno”, relações “mornas”, distantes, não fisicamente, digo emocionalmente. Sei lá! Até com a pessoa com quem eu divido apartamento há mais de seis meses não consegui estabelecer nenhum vínculo de amizade e entrosamento. É meio cada um por si e Deus por todos.
Mas será mesmo que desse jeito eles se lembram de Deus? Tenho minhas dúvidas. Talvez falam por falar, falam para aparecer, por hábito ou, ainda, demonstram “religiosidade” por pura convenção social ou tradicionalismo. Mas lá dentro, em seus corações, falta sentimento, falta calor humano, falta doação e falta comunhão. Cristo sempre quis que nós, filhos e filhas de Deus, aprendêssemos a viver em comunidade, como irmãos, amando-nos e respeitando uns aos outros.
É essa tarefa que nos cabe, mas a neve da indiferença, da frieza, do individualismo, do comodismo e da má vontade tem nos congelado. Alguns já se transformaram em estátuas de pedra, não são capazes de tomar uma simples atitude visando o bem comum ou o bem do próximo. Esqueceram a principal missão que Jesus veio cumprir aqui na Terra: ensinarmos a amar o nosso irmão, como Ele mesmo nos amou. Estamos tão longes disso...
P.S.: E quanto ao fato de estar sozinha no domingo, sei que ninguém tem culpa. São as conseqüências deste mundo moderno e tão “evoluído”. Eu só queria mesmo desabafar!
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
O que é vital para você?
Esta semana, fiquei sabendo de uma promoção que pedia para responder exatamente a esta pergunta "O que é vital para você?" http://www.portalvital.com/ As melhores respostas que passassem por uma das cinco "lentes da vitalidade" seriam premiadas. Os temas: saúde e bem-estar, auto-estima, potencial humano, envolvimento na comunidade e, por último, meio ambiente.
Claro que esse assunto me interessa, até reservei um dia para refletir sobre esta questão na hora da minha oração noturna. Acho que a questão não é citar todas as coisas que te fazem feliz e te deixam satisfeitas, a questão é descobrir o que você pode fazer para alcançá-las. Para cada propósito, existe um caminho a percorrer até conquistá-lo. Meu desafio é descobrir as formas, as ferramentas, quais as melhores atitudes e em que parâmetro devo me basear.
Claro que esse assunto me interessa, até reservei um dia para refletir sobre esta questão na hora da minha oração noturna. Acho que a questão não é citar todas as coisas que te fazem feliz e te deixam satisfeitas, a questão é descobrir o que você pode fazer para alcançá-las. Para cada propósito, existe um caminho a percorrer até conquistá-lo. Meu desafio é descobrir as formas, as ferramentas, quais as melhores atitudes e em que parâmetro devo me basear.
Particularmente, acho que a vida é muito curta, e por mais que compreendo que estamos aqui para um contínuo e estruturado aprendizado, não gosto de perder muito tempo com determinadas coisas, desperdiçar chances e oportunidades, desperdiçar tempo com coisas que não me acrescentam nada e nem me faz sentir melhor, ou não fazem os outros se sentirem melhor. Portanto, comecei a pensar em que eu tenho que fazer para conquistar e desfrutar as coisas que são essenciais para minha vida. Mas, em primeiro lugar, o que é essencial para mim? Está interessado em saber? Então, continue a leitura. Para mim será uma alegria falar e, também, ouvir suas prioridades de vida.
Se alguém perguntar à minha família quais são as coisas que mais me deixam feliz, acho que a resposta será: estar entre amigos, falar, conversar, contar histórias, andar na rua (como diz minha mãe, "bater perna"), me envolver em trabalhos comunitários, ir na Igreja, fazer luzes no cabelo e ficar me achando linda, rir e arrumar confusão (sadia) com os meus irmãos, fazer festas e encontros e, claro que eles também vão dizer isso, ser o centro das atenções. Família conhece a gente melhor do que ninguém, por isso estou tirando por base o que acredito que eles declarariam. Pode deixar que depois confirmo com eles e coloco aqui no blog.
Agora, se eu os perguntasse quais são os meus sonhos, quais são as coisas que eu mais desejo nesta vida, podem apostar que estas respostas eu acertaria. Primeiro: casar! Sério, sempre declarei isso e não tenho nem um pouquinho de vergonha. Tenho certeza de que eles ainda iriam até complementar: casar-se com um "homem de Deus". Lógico! E ter uma festa linda, romântica e animada, se possível, com 1.500 convidados. Encontrar uma companheiro de verdade está tão complicado que até abro mão da festa, só para deixar Deus mais focado no pedido. Segundo: trabalhar com Responsabilidade Social, fazer desta motivação interna e desta alegria em proporcionar algo bom para o outro um meio de sustento para que eu possa me dedicar inteiramente à atividade. Três: ver minha família reunida outra vez, toda ela. Chego ao ponto de colocar na frente de qualquer outro pedido a estrutura familiar. Por isso, acho tão importante um companheiro com os mesmos valores e princípios que os meus, uma pessoa de fé, que acredita em Deus e reconhece que tem um papel importante aqui na Terra.
Isso foi só uma reflexão. Para responder à pergunta e ter mais foco, vou aproveitar as cinco lentes da vitalidade. Vamos lá:
1 - Saúde e bem estar:
Para mim, saúde tem que ser algo integral, algo que mantenha o equilíbrio físico, mental e espiritual. É essencial para mim e para qualquer outra pessoa, uma boa alimentação; uma rotina de trabalho equilibrada; uma boa noite de sono; dispor de (vários) momentos para relaxar e ficar com a família e os amigos; dedicar um tempo para Deus, ou melhor, pedir a Deus um tempo exclusivamente para a gente, para que possamos sentir sua força, sua luz, seu amor e sua presença - isso é VITAL!
2 - Auto-estima:
Confesso, adoro me sentir bonita, adoro uma roupa nova, adoro quando estou com ânimo e faço uma simples, porém delicada maquiagem. Também gosto de caminhar, andar de bicicleta, de receber cartas e mensagens dos amigos (isso demonstra que nós somos importantes para eles). Gosto de me sentir valorizada no trabalho, principalmente quando me dedico tanto a ele. E também gosto demais de ir no salão fazer unha. Quase não vou, tento resolver a questão em casa mesmo correndo o risco de ter que tirar e pintar várias vezes, mas é tão bom quando uma profissional faz o trabalho e você fica 'se achando'. Quando eu tiver uma situação mais tranquila, quero fazer ginástica, massagem, limpeza de pele, hidratação etc (sem exageros e futilidades, por favor, isso jamais!)
3 - Potencial humano:
Essencial para mim nesta questão é sempre continuar estudando. Acho que ninguém deveria parar de estudar, mesmo que não tivesse em busca de títulos, pois muitas vezes isso não quer dizer nada. Mas estudar, sim! Ler, pesquisar, entender, ter curiosidade em aprender, observar e compartilhar. Digo isso no âmbito intelectual, mas também no âmbito moral. Desenvolver o potencial humano tem a ver em ser mais útil nesta vida, aprender a se relacionar, a respeitar, toletar, ser gentil e educado com as pessoas, aprender a se colocar no lugar do outro, dominar e destruir a arrogância, a vaidade, o egoísmo, a inveja e a ignorância que ainda se faz presente dentro de nós.
4 - Envolvimento na comunidade:
Até agora falamos do "eu", "para mim", "o meu desejo", "minha satisfação", mas diversas pesquisas já demonstraram que o índice de felicidade humana, aquela felicidade sadia e verdadeira, também tem a ver em ver o outro feliz, fazer o bem, ajudar ao próximo. Por isso, costuma-se dizer que a caridade faz bem não a quem recebe, mas muito mais a quem se doa. Penso que esta questão deva ir além do que simplesmente mais um item para se buscar o propósito de ser feliz. Tem que ser um compromisso, um dever que toda pessoa deve ter consciência e assumir, principalmente aqueles que desfrutam de uma boa (para não dizer ótima) situação financeira, de saúde e material. Como podemos ser felizes de fato se nosso vizinho está sofrendo reveses da vida? Como podemos esbanjar luxos e confortos se existem milhares de pessoas em nosso planeta morrendo porque não tem nem um simples feijão com arroz. Pais de família desempregados, exploração por parte de empresários, guerras por conta da ganância, crianças e idosos morendo nos hospitais públicos, pessoas descrentes e solitárias, morrendo de depressão e de tristeza... Complicado ser feliz plenamente vivendo ao lado de toda essa situação.
5 - Meio ambiente:
Terra, nossa casa, de onde retiramos o alimento, o oxigênio que respiramos e a água que bebemos. Três componentes fundamentais para que possamos sobreviver. E nós, seres humanos ignorantes e gananciosos, estamos destruindo tudo. Destruindo nossa casa, o lugar que nos abriga, para juntar dinheiro e depois deixar tudo aí, pois vamos morrer tão logo mesmo. Estamos destruindo o habitat dos animais e, consequentemente, a vida deles também. Estamos destruindo as paisagens que tanto nos faz bem só de ver, quem dirá desfrutar uma cachoreira, um rio, o mar, a praia, os campos ou o próprio ambiente urbano. Nossas cidades poderiam ser bem melhores. Estamos ficando doentes, pois agora está tudo contaminado, estamos morrendo de calor, nas enchentes, de intoxicação alimentar, de falta de ar, de estresse etc. Onde vamos parar com isso?
Depois disso tudo, só posso dizer que vital para mim é acreditar em Deus, crer que ele está sustentando o universo e a vida de cada um em suas mãos. Vital para mim é ter esperança para continuar lutando por um mundo melhor. Vital é desejar ser melhor, ser útil e fazer a diferença, mesmo com muito sacrifício. Vital para mim é trabalhar para fazer o melhor, aprender e transmitir isso para as pessoas. Vital para mim é ter Fé. Preciso de fé, de esperança e de amor para VIVER.
Se alguém perguntar à minha família quais são as coisas que mais me deixam feliz, acho que a resposta será: estar entre amigos, falar, conversar, contar histórias, andar na rua (como diz minha mãe, "bater perna"), me envolver em trabalhos comunitários, ir na Igreja, fazer luzes no cabelo e ficar me achando linda, rir e arrumar confusão (sadia) com os meus irmãos, fazer festas e encontros e, claro que eles também vão dizer isso, ser o centro das atenções. Família conhece a gente melhor do que ninguém, por isso estou tirando por base o que acredito que eles declarariam. Pode deixar que depois confirmo com eles e coloco aqui no blog.
Agora, se eu os perguntasse quais são os meus sonhos, quais são as coisas que eu mais desejo nesta vida, podem apostar que estas respostas eu acertaria. Primeiro: casar! Sério, sempre declarei isso e não tenho nem um pouquinho de vergonha. Tenho certeza de que eles ainda iriam até complementar: casar-se com um "homem de Deus". Lógico! E ter uma festa linda, romântica e animada, se possível, com 1.500 convidados. Encontrar uma companheiro de verdade está tão complicado que até abro mão da festa, só para deixar Deus mais focado no pedido. Segundo: trabalhar com Responsabilidade Social, fazer desta motivação interna e desta alegria em proporcionar algo bom para o outro um meio de sustento para que eu possa me dedicar inteiramente à atividade. Três: ver minha família reunida outra vez, toda ela. Chego ao ponto de colocar na frente de qualquer outro pedido a estrutura familiar. Por isso, acho tão importante um companheiro com os mesmos valores e princípios que os meus, uma pessoa de fé, que acredita em Deus e reconhece que tem um papel importante aqui na Terra.
Isso foi só uma reflexão. Para responder à pergunta e ter mais foco, vou aproveitar as cinco lentes da vitalidade. Vamos lá:
1 - Saúde e bem estar:
Para mim, saúde tem que ser algo integral, algo que mantenha o equilíbrio físico, mental e espiritual. É essencial para mim e para qualquer outra pessoa, uma boa alimentação; uma rotina de trabalho equilibrada; uma boa noite de sono; dispor de (vários) momentos para relaxar e ficar com a família e os amigos; dedicar um tempo para Deus, ou melhor, pedir a Deus um tempo exclusivamente para a gente, para que possamos sentir sua força, sua luz, seu amor e sua presença - isso é VITAL!
2 - Auto-estima:
Confesso, adoro me sentir bonita, adoro uma roupa nova, adoro quando estou com ânimo e faço uma simples, porém delicada maquiagem. Também gosto de caminhar, andar de bicicleta, de receber cartas e mensagens dos amigos (isso demonstra que nós somos importantes para eles). Gosto de me sentir valorizada no trabalho, principalmente quando me dedico tanto a ele. E também gosto demais de ir no salão fazer unha. Quase não vou, tento resolver a questão em casa mesmo correndo o risco de ter que tirar e pintar várias vezes, mas é tão bom quando uma profissional faz o trabalho e você fica 'se achando'. Quando eu tiver uma situação mais tranquila, quero fazer ginástica, massagem, limpeza de pele, hidratação etc (sem exageros e futilidades, por favor, isso jamais!)
3 - Potencial humano:
Essencial para mim nesta questão é sempre continuar estudando. Acho que ninguém deveria parar de estudar, mesmo que não tivesse em busca de títulos, pois muitas vezes isso não quer dizer nada. Mas estudar, sim! Ler, pesquisar, entender, ter curiosidade em aprender, observar e compartilhar. Digo isso no âmbito intelectual, mas também no âmbito moral. Desenvolver o potencial humano tem a ver em ser mais útil nesta vida, aprender a se relacionar, a respeitar, toletar, ser gentil e educado com as pessoas, aprender a se colocar no lugar do outro, dominar e destruir a arrogância, a vaidade, o egoísmo, a inveja e a ignorância que ainda se faz presente dentro de nós.
4 - Envolvimento na comunidade:
Até agora falamos do "eu", "para mim", "o meu desejo", "minha satisfação", mas diversas pesquisas já demonstraram que o índice de felicidade humana, aquela felicidade sadia e verdadeira, também tem a ver em ver o outro feliz, fazer o bem, ajudar ao próximo. Por isso, costuma-se dizer que a caridade faz bem não a quem recebe, mas muito mais a quem se doa. Penso que esta questão deva ir além do que simplesmente mais um item para se buscar o propósito de ser feliz. Tem que ser um compromisso, um dever que toda pessoa deve ter consciência e assumir, principalmente aqueles que desfrutam de uma boa (para não dizer ótima) situação financeira, de saúde e material. Como podemos ser felizes de fato se nosso vizinho está sofrendo reveses da vida? Como podemos esbanjar luxos e confortos se existem milhares de pessoas em nosso planeta morrendo porque não tem nem um simples feijão com arroz. Pais de família desempregados, exploração por parte de empresários, guerras por conta da ganância, crianças e idosos morendo nos hospitais públicos, pessoas descrentes e solitárias, morrendo de depressão e de tristeza... Complicado ser feliz plenamente vivendo ao lado de toda essa situação.
5 - Meio ambiente:
Terra, nossa casa, de onde retiramos o alimento, o oxigênio que respiramos e a água que bebemos. Três componentes fundamentais para que possamos sobreviver. E nós, seres humanos ignorantes e gananciosos, estamos destruindo tudo. Destruindo nossa casa, o lugar que nos abriga, para juntar dinheiro e depois deixar tudo aí, pois vamos morrer tão logo mesmo. Estamos destruindo o habitat dos animais e, consequentemente, a vida deles também. Estamos destruindo as paisagens que tanto nos faz bem só de ver, quem dirá desfrutar uma cachoreira, um rio, o mar, a praia, os campos ou o próprio ambiente urbano. Nossas cidades poderiam ser bem melhores. Estamos ficando doentes, pois agora está tudo contaminado, estamos morrendo de calor, nas enchentes, de intoxicação alimentar, de falta de ar, de estresse etc. Onde vamos parar com isso?
Depois disso tudo, só posso dizer que vital para mim é acreditar em Deus, crer que ele está sustentando o universo e a vida de cada um em suas mãos. Vital para mim é ter esperança para continuar lutando por um mundo melhor. Vital é desejar ser melhor, ser útil e fazer a diferença, mesmo com muito sacrifício. Vital para mim é trabalhar para fazer o melhor, aprender e transmitir isso para as pessoas. Vital para mim é ter Fé. Preciso de fé, de esperança e de amor para VIVER.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Que honra ser chamada Filha de Deus
Hoje me dei conta da coisa mais importante da minha vida: que eu sou filha de Deus. Pode parecer óbvio e natural para muitos, e para mim também era, mas não na perspectiva que eu acabei de vislumbrar. Acompanhe meu raciocínio: estou viva, eu existo, sou uma pessoa, provavelmente, especial. Alguém me criou antes mesmo da concepção embrionária. Meu pai e minha mãe foram apenas instrumentos da manifestação do maior milagre da vida - a geração de um outro ser humano que, diga-se de passagem, deveria acontecer somente com amor. Mas para não fugir da questão, voltemos. Existo e alguém me criou. Todos nós concordamos e admitimos, independente de religião ou doutrina, que esse alguém é Deus. Um ser supremo e soberano que não só me criou, mas também todas as criaturas, todo o universo, os planetas, a natureza, seus elementos, todas as formas de vida, desde o plano material até o plano espiritual.
Eu faço parte deste complexo e infinito sistema, mas num determinado momento a atenção de Deus foi única e exclusivamente voltada para mim (assim como para você também!). Ele escolheu as pessoas que iriam me receber, deteminou cada característica, cada força potencial, cada talento, cada desafio a ser enfrentado, cada experiência e cada situação que eu poderia fazer uso para superar minhas limitações. Elegeu pessoas que dividiriam comigo o fardo da experiência terrena, a família que me apoiaria, os amigos que me trariam alegrias, a fonte de alimento espiritual e onde eu aprenderia a servir ao próximo.
Ele escolheu cada detalhe, determinou as melhores condições para minha evolução e eu, diante disso, só posso dizer que sou extremamente grata pela oportunidade, pela vida que me destes e por me amar tanto. Sim, somente alguém que nos ama muito tem todo esse cuidado. Se eu existo é porque, em algum momento, Deus voltou toda sua atenção para mim e desejou que eu existisse. Sinto-me muito honrada por fazer parte do desejo de Deus, nosso querido e misericordioso Pai.
Todos nós temos um grande Pai, alguém que podemos contar sempre, a cada minuto, a cada segundo e em qualquer situação. Ele tem toda a atenção voltada para cada um de seus filhos. Não duvide do seu poder. Ele é o criador do universo, do infinito, de coisas que nosso pensamento não pode sequer alcançar. E nós somos seus filhos. Muitas vezes nem nos damos conta do Pai que temos. Então, aproveite a oportunidade: peça, busque-o, "incomode-O", sempre, toda hora, como uma criança ainda dependente que somos. Ele nunca está ocupado demais para seus filhos e sente uma verdadeira alegria em ser lembrado por nós.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Nosso jardim
Vou falar agora de duas amigas que vivem comigo aqui, em São Paulo.
Não! Não é sobre a Fernanda e a Gisele (elas são de Minas). Nem sobre a Olívia e Michele.
Nem sobre a Renata e a Tami. Nem sobre a Ju e a Ana. São minhas duas plantinhas, uma violeta branca e uma mudinha de pitanga gaúcha. Hoje eu comprei até terra enriquecida com nutrientes para que elas fiquem cada vez mais fortes e cada vez mais bonitas. A violeta dificilmente fica sem flor. Ela é meiga e delicada. Já a pitanga que eu trouxe do Rio Grande do Sul ainda é um bebê, por isso precisa ficar no "berçário".
É gostoso saber que há seres vivos que dependem da gente. Eu tenho que cuidar, colocá-las um pouco no sol, retirar, deixar tomar um sereno, regar e alimentar com boa terra. Tudo isso para que elas possam cumprir a sua missão: embelezar o mundo, alegrar o ambiente, trazer vida e harmonia e, ainda, filtrar o ar que a gente respira.
Quando fico em casa sozinha, aproveito para curtir a companhia delas. Quero um dia ter uma casa com bastante espaço e muita terra para ter mais que duas. No mínimo, umas dez. E verde, muito verde! Sinto falta de colocar minhas mãos e meus pés na terra. Como pode coisas tão simples nos proporcionar tanta alegria, tanto prazer e bem-estar? É que, na verdade, a felicidade está nas coisas simples, nas coisas que Deus fez para nos alegrar. A vida não depende do homem. O homem não tem o poder de operar este milagre. Somos apenas instrumentos do poder de Deus. Ele é o autor de toda a criação e de toda criatura. A vida é graça de Deus. A única tarefa que Ele nos confiou em relação à natureza é preservar, cuidar, mantê-la em prefeito estado - para o nosso próprio bem! "Obrigada, meu querido Papai do Céu, por incluir no mundo esta tão grande riqueza."
Não! Não é sobre a Fernanda e a Gisele (elas são de Minas). Nem sobre a Olívia e Michele.
Nem sobre a Renata e a Tami. Nem sobre a Ju e a Ana. São minhas duas plantinhas, uma violeta branca e uma mudinha de pitanga gaúcha. Hoje eu comprei até terra enriquecida com nutrientes para que elas fiquem cada vez mais fortes e cada vez mais bonitas. A violeta dificilmente fica sem flor. Ela é meiga e delicada. Já a pitanga que eu trouxe do Rio Grande do Sul ainda é um bebê, por isso precisa ficar no "berçário".
É gostoso saber que há seres vivos que dependem da gente. Eu tenho que cuidar, colocá-las um pouco no sol, retirar, deixar tomar um sereno, regar e alimentar com boa terra. Tudo isso para que elas possam cumprir a sua missão: embelezar o mundo, alegrar o ambiente, trazer vida e harmonia e, ainda, filtrar o ar que a gente respira.
Quando fico em casa sozinha, aproveito para curtir a companhia delas. Quero um dia ter uma casa com bastante espaço e muita terra para ter mais que duas. No mínimo, umas dez. E verde, muito verde! Sinto falta de colocar minhas mãos e meus pés na terra. Como pode coisas tão simples nos proporcionar tanta alegria, tanto prazer e bem-estar? É que, na verdade, a felicidade está nas coisas simples, nas coisas que Deus fez para nos alegrar. A vida não depende do homem. O homem não tem o poder de operar este milagre. Somos apenas instrumentos do poder de Deus. Ele é o autor de toda a criação e de toda criatura. A vida é graça de Deus. A única tarefa que Ele nos confiou em relação à natureza é preservar, cuidar, mantê-la em prefeito estado - para o nosso próprio bem! "Obrigada, meu querido Papai do Céu, por incluir no mundo esta tão grande riqueza."
Doentes e desequilibradas
Muitas pessoas pensam que eu sou boba, que não sei me defender ou que me falta coragem para falar "certas" coisas, para "certas" pessoas, em "certas" ocasiões. Algumas vezes, já cheguei ficar com raiva de mim por esta limitação. Tem um pouco a ver com o texto que eu escrevi mês passado, "Ser boazinha cansa". Pois bem, pensando nisso e tentando encontrar essa tal coragem, descobri que não tenho mesmo esta habilidade. E para falar a verdade, tenho minhas ressalvas em relação ao desejo de desenvolvê-las.
Não sou uma pessoa do tipo grosseira, mal educada, estressada, fria, insensível, mal humorada, ranzinza, descontrolada, de mal com o mundo e com todos. Não sei tratar as pessoas como se elas valessem menos que os animais. Aliás, nenhum animal merece ser destratado, essa atitude chega ser crime. Então, se não podemos tratar assim nem os animaizinhos, quem dirá um outro ser humano, nosso semelhante, alguém da mesma raça que você. Não consigo compreender as pessoas que tratam seu próximo, pessoas da família, vizinhos, colegas de trabalho, desconhecidos, com grosseria, gritando, humilhando ou ofendendo.
Pobres coitadas! Não consigo nem ficar com raiva, porque no meu coração não existe espaço para armazenar e alimentar esses sentimentos ruins. Eu seria a principal prejudicada. Não consigo ficar com raiva porque acho que essas pessoas são seres humanos doentes. Peço a Deus misericórdia para essas almas infelizes. Sim, infelizes! Nós somos o reflexo do que temos em nosso interior. Se alguém tem a habilidade de manifestar descontrole, nervosismo, gritaria e grosserias, é porque certamente em seu interior há muita angústia e desequilíbrio.
Geralmente, fico sem reação quando me deparo com esse clima. Muitas vezes não sei, nem ao menos, me defender diante de um conflito. Confesso, fico quieta, não encontro as palavras certas, não consigo levantar a voz, não consigo revidar, tenho vontade de chorar, de correr para o colo do "Meu Pai". Por conta disso, muita gente acha que pode fazer o que bem entende com você. Mas elas só pensam, pois na verdade não podem. Não mesmo!
Imagino o quanto Deus deve ficar aborrecido ao ver filhos seus sendo tão ignorantes, tão orgulhosos e arrogantes. No fundo, devem ser tão frágeis, tãos infelizes, tão desequilibrados. Desconhecem que foram gerados por Amor, vieram do Amor e estão aqui por conta do propósito amoroso de Deus. Mas eles não sabem disso, ignoram totalmente esta verdade. E essa situação é a pior que existe.
Essas pessoas acabam passando pelo mundo marcando outras com o que elas têm de pior. Consequência disso é que elas também não conseguem e não desenvolvem a habilidade de se abrir para o que há de melhor. Estão na escuridão! Não alcançam a luz de Deus, porque a luz de Deus só habita onde há terreno fértil. Disponível para todos ela está, mas numa grande parte ela não se instala, pois não encontra espaço. O local está dominado por essas atitudes negativas, desagradáveis e desarmoniosas.
Eu senti na pele isso hoje, mas não me abalo. Sabe por quê? Por três motivos simples: o primeiro deles é que eu tenho Deus em mim. Muitas vezes nem me sinto digna de invocar a sua Presença, mas Ele vem mesmo assim, pois o Senhor é pura Graça e puro Amor. O segundo é que desfruto de muita saúde. E com saúde posso enfrentar qualquer situação - saúde física, emocional e espiritual, um dos maiores dons de Deus. Além disso, tenho amigos e uma família maravilhosa que me apoia, me ampara, me consola e me fortalece.
Sei que situações como essas vou enfrentar mais vezes, esta não será a primeira e nem a última. Só peço a Deus que me mantenha firme e forte, não permita que eu me abale com essas coisas inferiores. Sei que Ele conta comigo para reeducar esses irmãos que ainda estão mergulhados na escuridão. Que o Espírito Santo, a Força de Deus, invada como um tsunami o coração e a alma dessas pessoas, libertando-nas da ignorância e desta doença.
Não te irrites, por mais que te fizerem...
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio...
(Mário Quintana)
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Ser transparente...
Às vezes, fico me perguntando por que é tão difícil ser transparente. Costumamos acreditar que “Ser Transparente” é simplesmente ser sincero, não enganar os outros. Mas “Ser Transparente” é muito mais do que isso. É ter coragem de se expor, de ser frágil, de chorar, de falar do que a gente sente.
Ser transparente é desnudar a alma, é deixar cair as “máscaras”, baixar as armas, destruir os imensos e grossos muros que insistimos tanto em nos empenhar para levantar. Ser transparente é permitir que toda a nossa doçura aflore, desabroche, transborde. Mas, infelizmente, quase sempre, a maioria de nós decide não correr esse risco. Preferimos a dureza da razão à leveza que exporia toda a fragilidade humana. Preferimos o “nó na garganta” às lágrimas que brotam do mais profundo de nosso ser. Preferimos nos perder numa busca insana por respostas imediatas a simplesmente nos entregar diante de Deus e admitir que não sabemos, que temos medo.
Por mais doloroso que seja ter de construir uma ‘máscara’ que nos distancia cada vez mais de quem realmente somos e até do nosso Deus, preferimos assim: manter uma imagem que nos dê a sensação de proteção. E assim vamos nos afogando mais e mais em falsas palavras, em falsas atitudes, em falsos sentimentos. Não porque sejamos pessoas mentirosas. Mas porque, como folhas secas, nos perdemos de nós mesmos e já não sabemos onde está nossa brandura, nosso amor mais intenso e não-contaminado.
Com o passar dos anos, um vazio frio e escuro nos faz perceber que já não sabemos dar e nem pedir o que de mais precioso temos a compartilhar com os irmãos: a doçura, a compaixão, a compreensão... Que todos nós sofremos e às vezes nos sentimos sós, imensamente tristes e choramos baixinho antes de dormir, num silêncio que nos remete à saudade de “nós mesmos”, daquilo que pulsa e grita dentro de nós, mas que não temos coragem de mostrar àqueles que mais amamos.
Porque, infelizmente, aprendemos que é melhor revidar, descontar, agredir, acusar, criticar e julgar do que simplesmente dizer: “você está me machucando. Pode parar, por favor!”Porque aprendemos que dizer isso é ser fraco, é ser bobo, é ser menos do que o outro. Quando, na verdade, se agíssemos deixando que a nossa razão ouvisse também o nosso coração, poderíamos evitar tanta dor. Tanta dor...
Que consigamos não prender o choro, não conter a gargalhada, não esconder tanto o nosso medo, não desejar parecer tão invencíveis. Que consigamos tentar não controlar tanto, responder tanto, competir tanto, mas confiar na Graça do Senhor Jesus Cristo, que nos basta!
Não devemos ter medo dos confrontos, mas sugiro que deixemos explodir toda a nossa doçura.
“A inteligência sem amor nos faz perversos. A justiça sem amor nos faz implacáveis. A diplomacia sem amor nos faz hipócritas. O êxito sem amor nos faz arrogantes. A riqueza sem amor nos faz avaro. A pobreza sem amor nos faz orgulhosos. A beleza sem amor nos faz fúteis. A autoridade sem amor nos faz tiranos”.
Ame, simplesmente ame! E quando, algumas vezes, não encontramos as palavras adequadas para expressar o que sentimos, seja por timidez ou porque os sentimentos nos avassalam, nesses casos podemos contar com o idioma dos abraços...
A vida sem amor não tem qualquer sentido! Ame, simplesmente ame!
“O trabalho sem amor nos faz escravos. A simplicidade sem amor nos deprecia. A lei sem amor nos oprime. A política sem amor nos deixa egoístas. A fé sem amor nos deixa fanáticos. A cruz sem amor se converte em tortura”.
Lembrando que a vida é tão curta e a tarefa de vivê-la é tão difícil que quando começamos a aprende-la, já é hora de partir... Sigamos na certeza de que tudo passa. Que consigamos docemente viver, sentir, amar e Ser Transparentes!
Certos de que esse momento que a gente vive, seja ele de muita alegria ou de dor, vai passar. E você deverá seguir em frente, sem olhar para trás, rumo à eternidade, sempre transparente, porque tudo passa, mas você é eterno.
(Texto retirado da Internet, em 27/10/09)
P.S.: Que sejamos transparentes como as crianças. Elas podem nos ensinar a sermos sinceros e honestos - com os outros e com nós mesmos. Podem nos mostrar como deixar nossas emoções fluirem, sejam os risos ou os choros. Com os olhos delas, conseguimos enxergar a melhor parte do ser humano, as coisas que ele tem de bom, o seu interior. E o mais importante, elas tem a maior boa vontade do mundo para aprender a compreender, tolerar e estabelecer laços de amor e compaixão. Não foi Jesus que disse que para entrarmos no Reino dos Céus é preciso ser como uma criancinha?
Ser transparente é desnudar a alma, é deixar cair as “máscaras”, baixar as armas, destruir os imensos e grossos muros que insistimos tanto em nos empenhar para levantar. Ser transparente é permitir que toda a nossa doçura aflore, desabroche, transborde. Mas, infelizmente, quase sempre, a maioria de nós decide não correr esse risco. Preferimos a dureza da razão à leveza que exporia toda a fragilidade humana. Preferimos o “nó na garganta” às lágrimas que brotam do mais profundo de nosso ser. Preferimos nos perder numa busca insana por respostas imediatas a simplesmente nos entregar diante de Deus e admitir que não sabemos, que temos medo.
Por mais doloroso que seja ter de construir uma ‘máscara’ que nos distancia cada vez mais de quem realmente somos e até do nosso Deus, preferimos assim: manter uma imagem que nos dê a sensação de proteção. E assim vamos nos afogando mais e mais em falsas palavras, em falsas atitudes, em falsos sentimentos. Não porque sejamos pessoas mentirosas. Mas porque, como folhas secas, nos perdemos de nós mesmos e já não sabemos onde está nossa brandura, nosso amor mais intenso e não-contaminado.
Com o passar dos anos, um vazio frio e escuro nos faz perceber que já não sabemos dar e nem pedir o que de mais precioso temos a compartilhar com os irmãos: a doçura, a compaixão, a compreensão... Que todos nós sofremos e às vezes nos sentimos sós, imensamente tristes e choramos baixinho antes de dormir, num silêncio que nos remete à saudade de “nós mesmos”, daquilo que pulsa e grita dentro de nós, mas que não temos coragem de mostrar àqueles que mais amamos.
Porque, infelizmente, aprendemos que é melhor revidar, descontar, agredir, acusar, criticar e julgar do que simplesmente dizer: “você está me machucando. Pode parar, por favor!”Porque aprendemos que dizer isso é ser fraco, é ser bobo, é ser menos do que o outro. Quando, na verdade, se agíssemos deixando que a nossa razão ouvisse também o nosso coração, poderíamos evitar tanta dor. Tanta dor...
Que consigamos não prender o choro, não conter a gargalhada, não esconder tanto o nosso medo, não desejar parecer tão invencíveis. Que consigamos tentar não controlar tanto, responder tanto, competir tanto, mas confiar na Graça do Senhor Jesus Cristo, que nos basta!
Não devemos ter medo dos confrontos, mas sugiro que deixemos explodir toda a nossa doçura.
“A inteligência sem amor nos faz perversos. A justiça sem amor nos faz implacáveis. A diplomacia sem amor nos faz hipócritas. O êxito sem amor nos faz arrogantes. A riqueza sem amor nos faz avaro. A pobreza sem amor nos faz orgulhosos. A beleza sem amor nos faz fúteis. A autoridade sem amor nos faz tiranos”.
Ame, simplesmente ame! E quando, algumas vezes, não encontramos as palavras adequadas para expressar o que sentimos, seja por timidez ou porque os sentimentos nos avassalam, nesses casos podemos contar com o idioma dos abraços...
A vida sem amor não tem qualquer sentido! Ame, simplesmente ame!
“O trabalho sem amor nos faz escravos. A simplicidade sem amor nos deprecia. A lei sem amor nos oprime. A política sem amor nos deixa egoístas. A fé sem amor nos deixa fanáticos. A cruz sem amor se converte em tortura”.
Lembrando que a vida é tão curta e a tarefa de vivê-la é tão difícil que quando começamos a aprende-la, já é hora de partir... Sigamos na certeza de que tudo passa. Que consigamos docemente viver, sentir, amar e Ser Transparentes!
Certos de que esse momento que a gente vive, seja ele de muita alegria ou de dor, vai passar. E você deverá seguir em frente, sem olhar para trás, rumo à eternidade, sempre transparente, porque tudo passa, mas você é eterno.
(Texto retirado da Internet, em 27/10/09)
P.S.: Que sejamos transparentes como as crianças. Elas podem nos ensinar a sermos sinceros e honestos - com os outros e com nós mesmos. Podem nos mostrar como deixar nossas emoções fluirem, sejam os risos ou os choros. Com os olhos delas, conseguimos enxergar a melhor parte do ser humano, as coisas que ele tem de bom, o seu interior. E o mais importante, elas tem a maior boa vontade do mundo para aprender a compreender, tolerar e estabelecer laços de amor e compaixão. Não foi Jesus que disse que para entrarmos no Reino dos Céus é preciso ser como uma criancinha?
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
De avião, pela segunda vez!
Acho que Deus tem andado à minha disposição ultimamente, pois só de pensar em algum desejo, já encontro algumas formas para concretizá-lo. Fora que meu querido Papei do Céu também tem me oferecido coisas surpreendentes. Estou, neste momento (domingo, 25 de outubro de 2009, às 15h09), dentro de um avião, pela segunda vez! Mas nesta, eu não contive a emoção. Embarquei em Porto Alegre debaixo de um céu completamente nublado e cinza. Em menos de 20 minutos no ar, ultrapassamos as nuvens e nos deparamos com um lindo céu azul e um sol brilhante. Pareciam que as nuvens formavam o chão do céu. Mais uma vez, tive a vontade de descer e caminhar sobre elas. Até porque o avião no ar parecer estar parado, e as nuvens também. (Detalhe: a velocidade do avião naquele momento era de 900 Km/h).
Fiquei admirando aquela deslumbrante visão. Eu, que viajei para o sul na poltrona do meio, na volta vim de janela - em duas janelas. Impossível não se emocionar diante de tanta beleza e grandiosidade. O céu azul, com nuvens branquinhas parecendo gigantes flocos de algodão, invadido por raios solares que se espalham pelo infinito, onde estou neste momento. Percebo as pessoas lendo revistas, ouvindo música, assistindo TV, comendo, dormindo e até no lap top. Por que não aproveitam este momento – no qual estão mais perto do Pai Criador - e agradeçam por suas vidas, pelas oportunidades, pela saúde, apresentem seus desejos, seus conflitos, suas fraquezas ou peçam apoio, luz, proteção e sabedoria? Não somos nada neste mundo por mais dinheiro, sucesso, títulos, propriedades e responsabilidades que tenhamos. Mas de uma coisa eu tenho certeza, somos filhos e filhas de Deus, e Ele cuida mesmo daqueles que ignoram sua existência.
Eu não ignoro e por isso vivo recebendo graças do Meu Pai. Desta vez, foi minha viagem para o Rio Grande do Sul. Fiquei quatro dias em Caxias trabalhando na cobertura da maior feira de subcontratação e inovação industrial da América Latina. Confesso que me faltou um pouco de experiência e agilidade, pois apesar de ter a a formação em jornalismo, atuo e gosto mais da área de Relações Públicas. Às vezes, eu visitava alguns expositores e me dava conta de que eu estava ali como jornalista e não como RP.
Quando terminou o evento, na sexta-feira, peguei um ônibus e fui para Gramado. Não poderia perder a oportunidade de passar o final de semana no sul do Brasil. Descolei um hostel para aproveitar mais os passeios pela Serra Gaúcha. Já na recepção do albergue, conheci uma paulistana de 32 anos, médica, que também ia passar o final de semana em Gramado sozinha. Não levou muito tempo para a gente já combinar o que faríamos no sábado. Eu consegui convencê-la de fazer uma passeio comigo de Maria Fumaça pelas tradicionais cidades do vinho. Mas era preciso acordar bem cedinho, às 6 horas da manhã. Ela já de cara demonstrou que seu estilo era mais paulistano, novaiorquino. Sua programação era lojas, out lets, baladas e um passeio pelo “centrinho” da cidade. Já o meu roteiro turístico, em quase todos os destinos, inclue passeio pelas ruas principais da cidade sim, mas também igrejas, natureza, lugares exóticos, comidas simples e muita conversa com as pessoas da região. Gosto de levantar cedo e aproveitar todo o dia. A Carla, a nova amiga, prefere a noite. Uma combinação que conseguiu se ajeitar neste curto período. Ela me acompanhou no meu roteiro religioso e ecológico e à noite fomos para um bar alemão tomar uma cerveja especial da casa, totalmente artesanal.
Ficar em hostel é bem legal. Além de conhecer a Carla, ainda fizemos mais alguns amigos, gente de Brasília, Rio de Janeiro, Manaus e até do Acre. Tiramos fotos e prometemos manter contato. Surgiu até a pretensão de irmos todos juntos para Minas conhecer as cidades históricas.
Para minha alegria e satisfação total, a semana do evento foi marcada por um céu azul e um lindo sol. Já o final de semana em Gramado chegou acompanhando de muita neblina, nevoeiro, e baixas temperaturas. Eu curti demais. Estava lindo. Pena que a Carla, por conta da chapinha no cabelo, não queria ficar andando pelas ruas de Gramado depois que a gente saiu do Fritz Bar.
Fiquei admirando aquela deslumbrante visão. Eu, que viajei para o sul na poltrona do meio, na volta vim de janela - em duas janelas. Impossível não se emocionar diante de tanta beleza e grandiosidade. O céu azul, com nuvens branquinhas parecendo gigantes flocos de algodão, invadido por raios solares que se espalham pelo infinito, onde estou neste momento. Percebo as pessoas lendo revistas, ouvindo música, assistindo TV, comendo, dormindo e até no lap top. Por que não aproveitam este momento – no qual estão mais perto do Pai Criador - e agradeçam por suas vidas, pelas oportunidades, pela saúde, apresentem seus desejos, seus conflitos, suas fraquezas ou peçam apoio, luz, proteção e sabedoria? Não somos nada neste mundo por mais dinheiro, sucesso, títulos, propriedades e responsabilidades que tenhamos. Mas de uma coisa eu tenho certeza, somos filhos e filhas de Deus, e Ele cuida mesmo daqueles que ignoram sua existência.
Eu não ignoro e por isso vivo recebendo graças do Meu Pai. Desta vez, foi minha viagem para o Rio Grande do Sul. Fiquei quatro dias em Caxias trabalhando na cobertura da maior feira de subcontratação e inovação industrial da América Latina. Confesso que me faltou um pouco de experiência e agilidade, pois apesar de ter a a formação em jornalismo, atuo e gosto mais da área de Relações Públicas. Às vezes, eu visitava alguns expositores e me dava conta de que eu estava ali como jornalista e não como RP.
Quando terminou o evento, na sexta-feira, peguei um ônibus e fui para Gramado. Não poderia perder a oportunidade de passar o final de semana no sul do Brasil. Descolei um hostel para aproveitar mais os passeios pela Serra Gaúcha. Já na recepção do albergue, conheci uma paulistana de 32 anos, médica, que também ia passar o final de semana em Gramado sozinha. Não levou muito tempo para a gente já combinar o que faríamos no sábado. Eu consegui convencê-la de fazer uma passeio comigo de Maria Fumaça pelas tradicionais cidades do vinho. Mas era preciso acordar bem cedinho, às 6 horas da manhã. Ela já de cara demonstrou que seu estilo era mais paulistano, novaiorquino. Sua programação era lojas, out lets, baladas e um passeio pelo “centrinho” da cidade. Já o meu roteiro turístico, em quase todos os destinos, inclue passeio pelas ruas principais da cidade sim, mas também igrejas, natureza, lugares exóticos, comidas simples e muita conversa com as pessoas da região. Gosto de levantar cedo e aproveitar todo o dia. A Carla, a nova amiga, prefere a noite. Uma combinação que conseguiu se ajeitar neste curto período. Ela me acompanhou no meu roteiro religioso e ecológico e à noite fomos para um bar alemão tomar uma cerveja especial da casa, totalmente artesanal.
Ficar em hostel é bem legal. Além de conhecer a Carla, ainda fizemos mais alguns amigos, gente de Brasília, Rio de Janeiro, Manaus e até do Acre. Tiramos fotos e prometemos manter contato. Surgiu até a pretensão de irmos todos juntos para Minas conhecer as cidades históricas.
Para minha alegria e satisfação total, a semana do evento foi marcada por um céu azul e um lindo sol. Já o final de semana em Gramado chegou acompanhando de muita neblina, nevoeiro, e baixas temperaturas. Eu curti demais. Estava lindo. Pena que a Carla, por conta da chapinha no cabelo, não queria ficar andando pelas ruas de Gramado depois que a gente saiu do Fritz Bar.
Foi tudo tão rápido, mas eu aproveitei cada minuto, cada emoção, cada paisagem e as surpresas maravilhosas que encontrei no passeio. Conheci Bento Gonçalves, Garibaldi, Farroupilha, Carlos Barbosa, Nova Petrópolis, alguns vinhedos, uma cantina italiana tradicional, a música gaúcha, comi chocolate e enchi a cara de vinho. Tinha degustação por todos os lados e a todo momento. Pena que chegou ao fim. Estou, neste momento (16h04), aterrizando em São Paulo. A partir de amanhã, a rotina volta ao normal. Pelo menos vou continuar com o gostinho do Rio Grande do Sul comigo. Meu amigo gaúcho veio me buscar no aeroporto...
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Você sabe do que são feitas as nuvens?
Eu sei que vão achar que eu sou uma boba, 'da roça' ou empolgada ao extremo, mas vocês não têm ideia da sensação que eu senti ao andar de avião hoje, pela primeira vez. Foi o máximo!!!!!!! Fiquei tão emocionada que quase chorei rsrs. É lindo demais ver a cidade lá de cima e perceber o quanto a gente é pequeno, quase um ser insignificante, e Deus tão imenso, de uma grandeza inconcebível para qualquer ser humano. Parecia que eu estava sendo carregada no céu por Suas Mãos.
Eu não demonstrei para ninguém que eu não tinha muita ideia do que estava fazendo. Cheguei no aeroporto de Congonhas um pouco em cima da hora e resolvi seguir o fluxo. Para variar, e não poderia ser diferente, eu paguei dois 'miquinhos' básicos. O primeiro foi quando ouvi a voz do auto-falante dizendo que o atendimento do vôo 4207, São Paulo - Caxias do Sul, estava encerrado. Desesperei e logo chamei uma menina que estava com o uniforme da Gol. Aflita, eu questionei o fato. Ela disse que eu podia ficar tranquila, pois todas as pessoas que estavam na fila seriam atendidas. Ufa!!! Já pensou perder o primeiro vôo da sua vida?
Quando cheguei no balcão para fazer o check-in, a atendente virou para mim e perguntou se podia ser "meio". Eu perguntei: "Meio o quê?". Sua resposta: "A poltrona do meio." Eu: "Por quê? (ainda sem entender a pergunta). Atendente: "Porque acabaram as poltronas da janela e do corredor." Continuei: "O avião tem três poltronas coladas?". A funcionária: "Sim". Finalizei: "Ah, sim, claro! Desculpe." Eu ri, e ela também.
Sentei no meio de dois rapazes, ambos com aliança na mão esquerda (detalhe). Não sou hipócrita, se é bonitinho reparo mesmo. Afinal de contas, meu "homem de Deus" ainda está me procurando por aí. Não custa colaborar... Antes mesmo do avião decolar, fiz amizade com um deles: o da janela, lógico. Eu tinha que ter intimidade com ele para poder ficar, praticamente, debruçada nele para ver a paisagem lá em baixo. O problema é que ele ficou disputando a janela comigo. Talvez fosse sua primeira vez também, mas eu não perguntei nada, senão ele ia me perguntar também e eu estava com a maior cara de que aquilo era rotina para mim... rsrs
Aproveitei cada momento dos 90 minutos que eu passei no ar, ora conversando, ora rezando, ora contemplando a vida, ora tentando descobrir do que, de fato, são feitas as nuvens. São gelo, fumaça ou algodão? Serão elas meios de transporte do anjos? Ou o ladrilho da casa de Deus? Tive vontade de abrir a porta do avião e descer para andar sobre elas. Já pensou se nesse ato louco eu avistasse Jesus caminhando ao meu encontro? Poderia ser verdade, pois eu já estaria esborrachada no chão!
Mas isso é bem improvável de acontecer, pois eu estaria de páraquedas. Claro! Ainda faz parte do meu primeiro desejo saltar de páraquedas, andar de balão, pular de asa delta... Preciso da terra, preciso do mar, MUITO, mas tenho certeza de que meu lar é o ar, é o Céu! Um dia, volto para lá...
Observação: "Chega, Raquel, melhor ir dormir. Quanta pretensão! Desse jeito, o céu será um dos últimos destinos da sua pobre alma". Assinado: seu anjo da guarda.
Resposta da Raquel: "Tá bom, tá bom, tá bom. Boa noite! Amanhã vou escrever sobre os gaúchos. Eles sim são pretenciosos (risos). Pretenciosos adoráveis..."
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Primeiro desejo realizado!
Quem acompanha meu blog (se é quem tem alguém que o acompanha) provavelmente vai se lembrar do texto "20 pedidos até 2020" que eu escrevi em agosto. Eu encabecei a lista dos desejos que pretendo cumprir em 10 anos. Claro que tem muita coisa "impossível" nessa listagem - digo, aparentemente impossível - pois, na verdade, há algo embutido nessas frases que não podem ser declaradas ainda.
Mas a questão é que o primeiro item da minha humilde lista é "andar de avião". Eu estava inconformada por ouvir tanta gente falando de viagens, vôos, aeroportos, companhias aéreas, serviço de bordo, e eu nunca ter passado por isso. Por mais que eu leve à sério a questão da sustentabilidade do planeta e o problema do aquecimento do global, eu queria viver esta experiência.
Desde então, comecei a juntar em um cofrinho moedinhas de 1 real. Toda moeda que caía em minhas mãos ia para lá. E quando eu via alguém com a moedinha escolhida para encher o cofre, também pedia para trocar. Eu acompanhava, semanalmente, o fundo de investimento. Ao mesmo tempo, acompanhava via internet as promoções das empresas aéreas. O destino não era o importante. Podia ser para o Rio de Janeiro (para visitar minha amiga Sula), para Curitiba (casa da minha prima), Porto Seguro (onde meu pai mora) ou para Juiz de Fora/ MG, minha terra de criação.
Pelas minhas contas, logo eu conseguiria comprar minhas passagens ou, pelo menos, uma delas (somente ida ou somente volta). No entanto, algo inesperado aconteceu. Dizem que a fé move montanhas, e eu sou a prova viva dessa máxima. Minha amiga Erica Munhoz, editora responsável pela revista P&S recebeu um convite para cobrir este mês uma feira do mercado industrial em Caxias, Rio Grande do Sul. Porém, o evento acontecerá na semana de fechamento da edição de novembro, e ela ainda está com várias tarefas a serem cumpridas antes de suas férias. Estávamos almoçando juntas quando, de repente, ela me perguntou se eu não gostaria de ir e fazer a cobertura. Nossa, foi um convite totalmente inesperado. Viajar de avião, para o sul do país, com todas as despesas pagas e ainda desempenhando a função de relações públicas e jornalista ao mesmo tempo? Demais!
Fiquei muito feliz! Tão feliz que, automaticamente e silenciosamente, agradeci a Deus pela oportunidade. Pai é pai, né! Atende até os nossos pedidos mais bobos. Ama tanto os seus filhos que faz de tudo para lhes arrancar um sorriso. Ontem, fui na Igreja para agradecer oficialmente o 'presente', e durante a celebração algo me comoveu. Cheguei em casa e tirei todas as moedas do cofrinho. Deu um total de R$ 138,00. Depositei o dinheiro na conta de um projeto da Igreja da qual faço parte hoje. Não é muita coisa, mas tenho certeza que poderá ser útil na obra de Deus. Além disso, com esta ação, aproveitei para interceder pela saúde da Erica e pedir a Deus que a ampare em todos os momentos da sua vida. Que ela continue servindo de instrumento nas grandes obras ou, simplesmente, nas pequenas ações.
Embarco amanhã cedo para Porto Alegre. O evento acontece em Caxias do Sul, de terça à sexta, mas no final de semana estou liberada. Vou passear em Gramado. Semana que vem eu volto cheinha de novidades. Podem apostar! "Obrigada, Papai do Céu, de novo obrigada!"
OBSERVAÇÃO:
A poluição proveniente dos aviões são também uma das causas do aquecimento global. Em uma viagem de ida e volta entre Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo, um avião com capacidade para 150 passageiros emite 34,5 toneladas de gás carbônico.
Segundo os especialistas, um país de dimensões continentais como o Brasil precisa de opções de transportes pouco poluentes. Alternativas como o trem-bala levam tempo e muitos investimentos. Enquanto isso, uma ideia é substituir as reuniões de negócios com a presença de profissionais de vários lugares por telefonemas ou teleconferências.
Os passageiros também podem ajudar a diminuir a poluição, evitando deslocamentos desnecessários de avião. Algumas medidas antes e durante o voo fazem diferença para a qualidade do ar. Veja algumas delas:
- Diminuir a bagagem ao mínimo necessário. Cada quilo nas malas provoca a emissão de um quilo de gás carbônico, em uma viagem de cerca de dez horas;
- Dar preferência a voos diretos ou com o mínimo de escalas porque o pouso e a decolagem são os processos que mais consomem combustíveis e, portanto, mais emitem gases de efeito estufa;
- Usar o banheiro só quando necessário, pois cada descarga consome um litro de combustível, liberando quase 5 quilos de poluentes na atmosfera.
http://www.portalms.com.br/noticias/Poluicao-de-avioes-contribui-para-aquecimento-global/Brasil/Meio-Ambiente/959558331.html
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Ser boazinha cansa
Ficar dando uma de boazinha, simpática e agradável todo dia, toda hora, cansa... Ontem, eu estava esgotada! Como eu queria virar, de uma hora para outra, uma “joselita sem noção”, falar o que me vem à cabeça, dizer de verdade o que eu penso de certas pessoas e certas atitudes e não ter que ficar rindo para aquela pessoa que você sabe que te transmite uma energia ruim e pesada.
Mas para viver nesta sociedade, de uma forma razoavelmente harmoniosa e com menos conflitos, a gente tem que fingir que não escuta muita coisa, esforçar-se para dar um sorriso e abstrair. Sim, abstrair! Estou tentando praticar a elevação do pensamento, a conexão com o divino, despertar minha generosidade, tolerância e compreensão. Mas acho que essa é uma das tarefas mais difíceis do ser humano.
Percebo que muitas pessoas mais velhas, digo as mais vividas, não se preocupam muito em manter este tipo de comportamento “politicamente correto”. Aliás, acho que eles estão fartos de tanta politicagem, relações frágeis e improdutivas. Por isso, conversam com quem querem, declaram suas opiniões doam a quem doer, não se preocupam em ser antipáticos ou até mesmos “sem noção” rsrs.
Eu quero, a partir de hoje, começar a me espelhar nessas pessoas. Nós, jovens, devíamos ouvir, observar e imitar os mais velhos. A grande maioria é formada por pessoas sábias, conscientes e de uma perspicácia fora do comum. Quanta bagagem acumulada! Não têm tempo a perder com coisas fúteis, inúteis e desagradáveis. São mais verdadeiros e sinceros.
Hoje, eu queria ter um tempo para conversar com um velhinho bem ranzinza, daqueles que não tem a menor paciência com gente e coisas que nos fazem perder tempo. Eu queria sentar do lado dele, pois sei que eu falaria uma porção de bobagens. E, ele, sem a menor cerimônia, diria que a minha simpatia e “bondade” às vezes cansa. Muitas vezes parece artificial e oportunista. Que eu falo demais, reclamo demais e me esforço de menos para ser uma outra pessoa, uma pessoa mais autêntica.
Em casa, com nossa família, geralmente não nos lapidamos muito para nos relacionarmos com as pessoas, somos o que somos e pronto! Mas aí, é só a gente pisar na rua, no trabalho ou em qualquer outro lugar que colocamos nossa máscara e passamos aquele verniz básico pelo corpo.
Já que eu não tenho nenhum velhinho para me “situar” e me ensinar a ser uma pessoa mais autêntica (quero dizer, menos boazinha), vou tomar uma ducha para tirar um pouco desse verniz. Ele não está deixando minha pele respirar. E estou ficando sufocada. É muito brilho por fora e pouca matéria-prima por dentro.
Mas para viver nesta sociedade, de uma forma razoavelmente harmoniosa e com menos conflitos, a gente tem que fingir que não escuta muita coisa, esforçar-se para dar um sorriso e abstrair. Sim, abstrair! Estou tentando praticar a elevação do pensamento, a conexão com o divino, despertar minha generosidade, tolerância e compreensão. Mas acho que essa é uma das tarefas mais difíceis do ser humano.
Percebo que muitas pessoas mais velhas, digo as mais vividas, não se preocupam muito em manter este tipo de comportamento “politicamente correto”. Aliás, acho que eles estão fartos de tanta politicagem, relações frágeis e improdutivas. Por isso, conversam com quem querem, declaram suas opiniões doam a quem doer, não se preocupam em ser antipáticos ou até mesmos “sem noção” rsrs.
Eu quero, a partir de hoje, começar a me espelhar nessas pessoas. Nós, jovens, devíamos ouvir, observar e imitar os mais velhos. A grande maioria é formada por pessoas sábias, conscientes e de uma perspicácia fora do comum. Quanta bagagem acumulada! Não têm tempo a perder com coisas fúteis, inúteis e desagradáveis. São mais verdadeiros e sinceros.
Hoje, eu queria ter um tempo para conversar com um velhinho bem ranzinza, daqueles que não tem a menor paciência com gente e coisas que nos fazem perder tempo. Eu queria sentar do lado dele, pois sei que eu falaria uma porção de bobagens. E, ele, sem a menor cerimônia, diria que a minha simpatia e “bondade” às vezes cansa. Muitas vezes parece artificial e oportunista. Que eu falo demais, reclamo demais e me esforço de menos para ser uma outra pessoa, uma pessoa mais autêntica.
Em casa, com nossa família, geralmente não nos lapidamos muito para nos relacionarmos com as pessoas, somos o que somos e pronto! Mas aí, é só a gente pisar na rua, no trabalho ou em qualquer outro lugar que colocamos nossa máscara e passamos aquele verniz básico pelo corpo.
Já que eu não tenho nenhum velhinho para me “situar” e me ensinar a ser uma pessoa mais autêntica (quero dizer, menos boazinha), vou tomar uma ducha para tirar um pouco desse verniz. Ele não está deixando minha pele respirar. E estou ficando sufocada. É muito brilho por fora e pouca matéria-prima por dentro.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Um rápido comentário
Ontem a lua estava tão linda, tão linda, tão linda, mais tão linda que não vou nem tentar escrever um texto para descrever sua magnitude, seu brilho e seu esplendor. Também não será possível relatar a sensação que eu senti ao contemplá-la no céu. Era como se a Presença de Deus invadisse todo o meu corpo, meu coração e meu espírito. Como se Ele derramasse sobre o mundo a grandiosidade de seu poder, de sua glória e da sua perfeição.
30 anos... Difícil escolher o título
Completei 30 anos no dia 26 de setembro de 2009. Um sábado maravilhoso que eu passei em Juiz de Fora/ MG com minha família. Eu havia começado um texto sobre este importante rito de passagem, mas tenho necessidade de começar pelo título, pois assim direciono o assunto. Se não fizer isso, como dizem meus amigos da faculdade, “senta que lá vem a história...”
Escrevi três opções e fiquei meditando em cada uma delas.
1- 30 anos, terminou o estágio.
2- 30 anos, o que vem pela frente?
3- 30 anos, agora é só o começo!
Meditei tanto que acabei ficando com preguiça de escrever. Também, com três títulos como esse, numa época como essa, com mudanças estruturais (por dentro e por fora), em um aniversário de 30 anos, meu amigo, eu poderia escrever um livro para cada um.
Quem sabe... Acho que vou deixar esta tarefa para ser desenvolvida nos meus 92 anos. Sério, minha intuição me diz que viverei até esta idade, aproximadamente. Se isso se confirmar significa que eu tenho ainda, pela frente, mais 60 anos. Praticamente uma vida inteira. Posso começar agora, posso começar a sonhar, a aproveitar, a trabalhar e a realizar. Como já fiz bastante coisa até hoje, estou completamente no lucro!
Mas, independe disso acontecer, tenho muito o que agradecer a Deus. Todos os recursos que Ele me proporcionou até aqui, todas as oportunidades, as pessoas que cruzaram meu caminho. Algumas continuam ao meu lado, outras já se foram e outras ainda estão chegando, chegando para ficar! Agradecer pela benção de ter uma família (mãe, pai, irmãos, cachorros, agregados etc). Hoje, eles estão longe, mas apenas, e tão somente, fisicamente, porque de resto parece que estão comigo diariamente.
São infinitos os motivos e as razões para agradecer a Deus, assim como também são incontáveis os meus pedidos rsrs. Mas Ele é Pai. O Pai perfeito e amoroso. Só por isso, já devemos ser imensamente gratos. Ele quer ser presente e nos dar todos os presentes de que precisamos. Ele não faz trocas com a gente, não precisamos negociar ou barganhar. Deus é pura graça, e não distingue seus filhos. Somos nós que “recusamos” o seu amor e suas bênçãos, não sabemos receber, e também não acreditamos que para Ele tudo é possível. Falta-nos fé. Por isso, neste aniversário, eu vou pedir que Deus me encha de fé, uma fé viva, forte e transformadora. Pois assim será mais fácil realizar meus sonhos e materializar os meus pedidos.
“Senhor Jesus, seja a minha luz, a minha força, o meu apoio, o meu consolo, a minha fortaleza nesses próximos 60 anos e na eternidade inteira. Nesse trigésimo ano de vida, entrego em Suas mãos os meus três maiores projetos: a questão espiritual e de serviço ao próximo, o profissional (a “exe”) e a questão afetiva, a família que eu formarei. Só isso (tudo)! Amém.”
Uma decisão!!!
"Toda decisão que você toma não é uma decisão sobre o que você faz. É uma decisão sobre Quem Você É. Quando você vê isso, quando você entende isso, tudo muda. Você começa a ver a vida de um modo novo. Todos eventos, ocorrências e situações se transformam em oportunidades para executar o que você veio fazer aqui." (Neale Donald Walsch)
Ontem, dia 04 de outubro de 2009, eu tomei uma decisão importante. Na verdade, a decisão já havia sido tomada, meu coração clamava e me direcionava para um novo caminho a ser seguido. Ontem, eu apenas declarei publicamente a nova vida que pretendo assumir como membro da Igreja Batista da Liberdade, como filha de Deus e como ovelha do meu grande Senhor e Pastor Jesus Cristo.
Não é todo mundo que entende a alegria de fazer parte de uma comunidade que tem como propósito de vida caminhar alinhada aos ensinamentos de Jesus e à Palavra de Deus, manifestado pelo estudo bíblico disciplinado, pelo serviço ao próximo, pela adoração e proclamação do evangelho, pelo trabalho ético e transparente, e pela comunhão entre os irmãos.
Eu cresci dentro da Igreja Sagrado Coração de Jesus, em Juiz de Fora/ MG. Nunca fui aquela católica apenas de frequentar as missas aos domingos e não ter compromisso com nada. Particularmente, isso jamais seria capaz de suprir minha necessidade espiritual. Sempre precisei de mais do que apenas um ritual, precisava de uma verdadeira e intensa comunhão com Deus e com as pessoas. Acho que as igrejas deveriam ter este foco - oferecer trabalho, serviço, integração real com a comunidade, estudo, além (é óbvio e o mais importante) de oferecer o alimento espiritual, o conteúdo e a orientação capaz de desenvolver e solidificar em seus fiéis virtudes e valores morais elevados.
Precisamos aprender tantas coisas nesta vida. Uma vez, li uma frase que dizia mais ou menos o seguinte: "Você é capaz de se preocupar apenas com a sua salvação sabendo que tantos sofrem e choram neste mundo?” Esse questionamento sempre penetrou o universo das minhas aspirações, dos meus desejos e dos meus pensamentos. Acho que todo cristão tem o dever de auxiliar o seu semelhante. Eu não sei dizer exatamente como, pois também estou tentando descobrir esse “meu compromisso no mundo”, mas tenho convicção que esta Terra não é uma colônia de férias, é um mundo em construção.
Mas para construir esse novo mundo, é necessário “reconstruir” as pessoas que nele habitam. É necessária uma reformulação interior de nossos desejos, de nossa conduta, de nossos valores, de nossas atitudes, de nossa consciência, de nossas ações, de nossos sentimentos e muito mais!
Não é tarefa fácil. Claro que não é. Por isso, precisamos de um apoio sólido, firme, verdadeiro, ético e elevado espiritualmente. Afinal de contas, a carne é passageira, eterno é o nosso espírito. Então, por que não nos convertermos o quanto antes aos bens que regem esse novo mundo que, muito em breve, vamos experimentar?
Minha decisão está aí. Deus colocou diante de mim a oportunidade de crescer espiritualmente, de recomeçar uma nova vida de fé, voltada totalmente aos ensinamentos de Jesus Cristo. Pois Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida. Além disso, quero dar minha contribuição. Não posso ficar parada diante de um mundo que está se autodestruindo e onde as pessoas estão adoecendo. Acredito que posso usar os meus “talentos”, os dons que Deus me concedeu, para transformar esse mundo e as pessoas.
“Como sal da terra e luz do mundo, o cristão tem o dever de participar de todo o esforço que tende ao bem comum da sociedade em que se vive. Inclusive de guardar a obra de Deus. Entretanto, o maior benefício que pode prestar é anunciar o evangelho. O bem estar social e o estabelecimento da justiça entre os homens dependem, basicamente, da regeneração de cada pessoa e da prática dos princípios do evangelho na vida individual e coletiva”.
Esta pequena citação fala de três áreas que desejo muito desenvolver minha vida profissional.
- Responsabilidade Social: trabalhar para o bem comum da sociedade em que se vive.
- Sustentabilidade: guardar a obra de Deus.
- Comunicação: anunciar o evangelho.
Hoje, descobri a FONTE que irá alimentá-las de uma forma mais consistente e transformadora. Estou muito feliz, pois sei que essa renovação começa, a partir de hoje, em minha vida. E eu aceito! Minha resposta é SIM!!!
CONVITE DO BATISMO:
Querido Jesus
Não sei como te agradecer por ter me dado a oportunidade de lhe conhecer de uma forma mais concreta e, ao mesmo tempo, muito mais divina. Estou conseguindo compreender que sou sua filha amada e que posso segui-lo e estar sempre em sua companhia, ainda que eu não mereça. Seu amor é infinito e é o único bem de que realmente precisamos. Seja sempre meu amigo, meu companheiro, o Senhor dos meus passos, dos meus sonhos e do meu caminho. Desejo muito conhecer a sua Palavra, seguir as suas orientações, tornar-me uma pessoa mais humana e útil enquanto eu viver aqui na Terra.
Para manifestar todo o desejo do meu coração, serei batizada em nome do Pai, meu querido Deus Criador, em Seu nome, Jesus, e em nome do Espírito Santo. Esta será a prova da minha decisão, da minha humildade e de minha fidelidade. Transforma-me, Senhor, e renove a minha vida, segundo a tua vontade e a tua graça.
Raquel Corrêa
Dia 04 de outubro, às 11h, na Igreja Batista da Liberdade.
Rua Santo Amaro, 412 - Bela Vista - São Paulo/ SP.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
São Paulo em um ano...
Acordei hoje às seis da manhã com um canto estrondoso e desafinado de um passarinho. Para minha surpresa, o som não era de um pássaro e sim do celular da minha amiga Porqueira Olívia. Essa é uma das estratégias que ela lança mão para ficar conectada às lembranças de Minas e à vidinha leve e tranquila que tínhamos quando morávamos lá.
Ainda na cama, tentando espantar a preguiça para levantar e trabalhar, me dei conta de que há exatamente um ano eu estava bem ali, na casa da Óli, acordando na cama dela, deitada do mesmo lado (talvez com a mesma preguiça rsrs). Porém, a situação era outra, bem diferente. Fazia um pouco mais de um mês que eu havia me mudado para São Paulo. A decisão tomou impulso quando eu me matriculei no curso de Responsabilidade Social da Fia (Fundação Instituto de Admisntração), da USP. Depois disso, não havia outra opção. Arrumei minhas malas e aterrizei na casa dos "Móbis".
Ainda na cama, tentando espantar a preguiça para levantar e trabalhar, me dei conta de que há exatamente um ano eu estava bem ali, na casa da Óli, acordando na cama dela, deitada do mesmo lado (talvez com a mesma preguiça rsrs). Porém, a situação era outra, bem diferente. Fazia um pouco mais de um mês que eu havia me mudado para São Paulo. A decisão tomou impulso quando eu me matriculei no curso de Responsabilidade Social da Fia (Fundação Instituto de Admisntração), da USP. Depois disso, não havia outra opção. Arrumei minhas malas e aterrizei na casa dos "Móbis".
Passei o mês de agosto inteiro com ela, enquanto o Dudu, seu marido, estava na China cobrindo as Olimpíadas. Em setembro, eles tiraram férias, viajaram e me deixaram sozinha por conta da casa e de minhas metas. Eu não tinha a menor ideia de como iria me virar em São Paulo, quanto tempo levaria para arrumar uma casa para morar, um emprego e estruturar o começo de uma nova fase. Eu mal sabia me deslocar dentro dessa metrópole. Pegar ônibus para mim, naquela época, era uma loucura, para não dizer assustador. Eu me apegava ao único conselho que a Óli havia me dado antes de viajar: "Não deixe esta cidade te engolir!"
E assim determinei que minha vida seria aqui, em São Paulo, daqui por diante. Eu não tinha recursos para ficar muito tempo. Havia me planejado para aguentar até o término do curso, mas era nítido que isso seria improvável sem obter uma nova fonte de renda. Ao contrário do que muita gente faz, eu não tinha um planejamento estratégico bem definido. Minhas ferramentas eram somente a fé em Deus (sempre e em primeiro lugar) e meu desejo de obter mais conhecimento na área de Responsabilidade Social, utilizar esse conhecimento para fazer algo útil e conseguir um trabalho que trouxesse benecícios para a sociedade/comunidade.
Minhas orações eram constantes, e como Deus é Pai, o Criador do mundo, o Todo-Poderoso, não demorou muito para as portas começarem a se abrir. Logo na primeira semana do curso, ganhei quatro amigas - Marisa, Guta, Maria Elisa e Mariana. Todas elas moravam em Perdizes, mesma região da Óli e do Dudu. Com isso, eu tinha carona para ir e voltar toda semana. Além delas, fiz outras amizades. O carinho e a receptividade da turma, dos professores e dos funcionários da instituição foram enormes. Eu me sentia muito bem.
Não lembro exatamente a data, mas em setembro aconteceu a 12ª Feira de Projetos e Eventos da Rede Globo. A Simone e o Sr. Rubens (TV Panorama - TV Globo Juiz de Fora/ MG) me convidaram para ir e fazer alguns contatos. Foi nesta ocasião que eu conheci a Marcela, sobrinha do Sr. Rubens. Conversamos um pouco e trocamos telefone. Cheguei a ligar para ela depois de alguns dias convidando para comemorar meu aniversário comigo. Muita falta de noção de minha parte, eu nem conhecia a menina direito. Talvez minha mãe não estranhasse minha atitude, pois eu não esquento muito a cabeça mesmo, além do mais eu precisava fazer contatos e amigos nesta cidade. Comemorei meus 29 anos numa chopperia com a Elaine, a Virgínia, o Fagner e o Tiago. A "festinha" foi surpreedente (merece um texto exclusivo), cheguei em casa acabada de tanto dançar, cantar, conversar, conhecer pessoas e me divertir.
Eu já havia feito meus pedidos de aniversário a Jesus. Confesso que fiquei um 'tantinho' decepcionada ao me dar conta de que meu aniversário já havia passado e nada ainda. A Óli e o Dudu estavam prestes a chegar, o mês estava acabando, e eu não poderia (quer dizer, não queria) continuar na casa deles, por mais que o casal tivesse deixado claro que eu não tinha que me preocupar com isso e que eu poderia ficar o tempo que fosse necessário. Mas, às vezes, eu tenho um pouco de noção (às vezes rsrs).
Faltando um dia para eles desembarcarem em São Paulo, recebi uma ligação da Marcela me convidando para morar com ela. Eu não pensei nem no local, nem no apartamento, nem nas contas, em nada, simplesmente aceitei. Tinha certeza de que era um dos "presentes" de Deus. Mudei para Santa Cecília e, em menos de duas semanas, consegui o trabalho que eu estava procurando. Atualmente, sou Relações Públicas de uma editora de revistas de negócios. Não é exatamente a atividade que eu vim buscar em São Paulo, mas era a primeira oportunidade, mais um "presente" abençoado. Tão abençoado que foi aqui na editora que começamos a colocar em prática um pouco dos conceitos de responsabilidade social e sustentabilidade, elaboramos um projeto e ganhamos até visibilidade. Também foi aqui que ganhei duas grandes amigas, irmãs e parceiras - Tami Arita e Renata Oliveira. Hoje, estamos desenvolvendo um projeto nosso que tem o intuito de ajudar e conscientizar as pessoas. Estamos super felizes e empolgadas!!!
Não posso e não devo reclamar de nada. Pelo contrário, em apenas um ano em São Paulo muita coisa boa aconteceu, MUITA mesmo! Hoje, estou morando com a Emi, na Vila Mariana. O apartamento e o local são excelentes. Continuo empregada, consegui terminar o inglês básico e o curso da FIA, fiz vários outros amigos (alguns especiais como Amauri), conheci uma nova igreja (a Liber) e estou prestes a me tornar membro para aprender ainda mais e poder dar minha contribuição. Com tudo isso, só posso dizer que acredito cada vez mais no amor que Jesus tem por nós e no poder de Deus. Tenho certeza que o próximo ano será ainda mais abençoado, pois Ele está na direção da minha vida. E eu continuo com os meus planos, meus pedidos e meus sonhos. Daqui a alguns dias, completo 30 aninhos, pedi outros presentes de aniversário. Não tenho a menor dúvida de que todos eles me serão entregues, no tempo de Deus, da forma como Ele determinar, pois sei que O MELHOR ESTÁ EM SUAS MÃOS, somente em suas mãos!!!
E assim determinei que minha vida seria aqui, em São Paulo, daqui por diante. Eu não tinha recursos para ficar muito tempo. Havia me planejado para aguentar até o término do curso, mas era nítido que isso seria improvável sem obter uma nova fonte de renda. Ao contrário do que muita gente faz, eu não tinha um planejamento estratégico bem definido. Minhas ferramentas eram somente a fé em Deus (sempre e em primeiro lugar) e meu desejo de obter mais conhecimento na área de Responsabilidade Social, utilizar esse conhecimento para fazer algo útil e conseguir um trabalho que trouxesse benecícios para a sociedade/comunidade.
Minhas orações eram constantes, e como Deus é Pai, o Criador do mundo, o Todo-Poderoso, não demorou muito para as portas começarem a se abrir. Logo na primeira semana do curso, ganhei quatro amigas - Marisa, Guta, Maria Elisa e Mariana. Todas elas moravam em Perdizes, mesma região da Óli e do Dudu. Com isso, eu tinha carona para ir e voltar toda semana. Além delas, fiz outras amizades. O carinho e a receptividade da turma, dos professores e dos funcionários da instituição foram enormes. Eu me sentia muito bem.
Não lembro exatamente a data, mas em setembro aconteceu a 12ª Feira de Projetos e Eventos da Rede Globo. A Simone e o Sr. Rubens (TV Panorama - TV Globo Juiz de Fora/ MG) me convidaram para ir e fazer alguns contatos. Foi nesta ocasião que eu conheci a Marcela, sobrinha do Sr. Rubens. Conversamos um pouco e trocamos telefone. Cheguei a ligar para ela depois de alguns dias convidando para comemorar meu aniversário comigo. Muita falta de noção de minha parte, eu nem conhecia a menina direito. Talvez minha mãe não estranhasse minha atitude, pois eu não esquento muito a cabeça mesmo, além do mais eu precisava fazer contatos e amigos nesta cidade. Comemorei meus 29 anos numa chopperia com a Elaine, a Virgínia, o Fagner e o Tiago. A "festinha" foi surpreedente (merece um texto exclusivo), cheguei em casa acabada de tanto dançar, cantar, conversar, conhecer pessoas e me divertir.
Eu já havia feito meus pedidos de aniversário a Jesus. Confesso que fiquei um 'tantinho' decepcionada ao me dar conta de que meu aniversário já havia passado e nada ainda. A Óli e o Dudu estavam prestes a chegar, o mês estava acabando, e eu não poderia (quer dizer, não queria) continuar na casa deles, por mais que o casal tivesse deixado claro que eu não tinha que me preocupar com isso e que eu poderia ficar o tempo que fosse necessário. Mas, às vezes, eu tenho um pouco de noção (às vezes rsrs).
Faltando um dia para eles desembarcarem em São Paulo, recebi uma ligação da Marcela me convidando para morar com ela. Eu não pensei nem no local, nem no apartamento, nem nas contas, em nada, simplesmente aceitei. Tinha certeza de que era um dos "presentes" de Deus. Mudei para Santa Cecília e, em menos de duas semanas, consegui o trabalho que eu estava procurando. Atualmente, sou Relações Públicas de uma editora de revistas de negócios. Não é exatamente a atividade que eu vim buscar em São Paulo, mas era a primeira oportunidade, mais um "presente" abençoado. Tão abençoado que foi aqui na editora que começamos a colocar em prática um pouco dos conceitos de responsabilidade social e sustentabilidade, elaboramos um projeto e ganhamos até visibilidade. Também foi aqui que ganhei duas grandes amigas, irmãs e parceiras - Tami Arita e Renata Oliveira. Hoje, estamos desenvolvendo um projeto nosso que tem o intuito de ajudar e conscientizar as pessoas. Estamos super felizes e empolgadas!!!
Não posso e não devo reclamar de nada. Pelo contrário, em apenas um ano em São Paulo muita coisa boa aconteceu, MUITA mesmo! Hoje, estou morando com a Emi, na Vila Mariana. O apartamento e o local são excelentes. Continuo empregada, consegui terminar o inglês básico e o curso da FIA, fiz vários outros amigos (alguns especiais como Amauri), conheci uma nova igreja (a Liber) e estou prestes a me tornar membro para aprender ainda mais e poder dar minha contribuição. Com tudo isso, só posso dizer que acredito cada vez mais no amor que Jesus tem por nós e no poder de Deus. Tenho certeza que o próximo ano será ainda mais abençoado, pois Ele está na direção da minha vida. E eu continuo com os meus planos, meus pedidos e meus sonhos. Daqui a alguns dias, completo 30 aninhos, pedi outros presentes de aniversário. Não tenho a menor dúvida de que todos eles me serão entregues, no tempo de Deus, da forma como Ele determinar, pois sei que O MELHOR ESTÁ EM SUAS MÃOS, somente em suas mãos!!!
terça-feira, 15 de setembro de 2009
O presente que eu quero dos meus pais
São Paulo, 15 de setembro de 2009.
Mãe, Pai
Desculpe-me por estar escrevendo uma mesma carta para os dois. Estou cheia de coisas para fazer no trabalho, preciso agilizar. Além do mais, o assunto que eu tenho para tratar com vocês é o mesmo. Então vou ser direta ao ponto: vou me casar!!! Brincadeira, calma! Não é isso (ainda) que eu tenho para dizer. Vejam bem: ainda, porque se Deus quiser, muito em breve, farei este comunicado. Só preciso encontrar, primeiro, um homem de Deus (risos).
O real motivo desta carta é a vontade que eu tenho de estar perto de vocês, a necessidade da presença e a saudade que é grande demais! Claro que eu tenho um relacionamento bem diferente com cada um. Entre a mãe e eu, operou-se algo mágico. Hoje, declaro para quem for que ela é minha mãe no mais amplo e sublime significado que esta palavra possa ter. Um anjo de Deus com a missão de cuidar e ocupar-se integralmente de nós, de nossas preocupações e de nossas angústias. Mãe, você sabe o quanto significa para mim e como conseguimos fazer esta relação entre mãe e filha crescer, tornar-se sólida, carinhosa e abençoada. Te amo demais!!!
Já com o pai foi diferente. Ela já nasceu mágica, depois tivemos alguns obstáculos a enfrentar. Seu caminho ficou desalinhado com os nossos anseios e necessidades, mas mesmo assim nunca deixamos nosso amor ser abalado. Com o maior privilégio, posso dizer aos meus amigos que tenho o pai mais ‘louco’, carinhoso e divertido do mundo. Eu os amo de todo o meu coração e de toda a minha alma.
Nunca tive um filho, por isso nem sequer desconfio do tipo de sentimento que brota num ser humano quando ele assume a missão de ser MÃE ou PAI (em muitos casos, ‘pai’ e ‘mãe’ ao mesmo tempo). Um dia, quem sabe, eu descobrirei... A questão é que, para nós, os filhos, vocês são a base da nossa vida. São vocês quem nos constrói, colocam os tijolinhos, o cimento, as ferragens, vão nos estruturando de modo que possamos ser completos, fortes e capazes de agüentar as adversidades da vida. Pois a vida é feita disso mesmo, e a oportunidade que temos de aprender aqui na Terra é abençoada. Se acreditamos em Deus, reconhecemos em Jesus o Senhor de nossas vidas, cultivamos a fé e temos a companhia e o amor de nossos “anjos guardiões” – o pai e a mãe, conscientes – tudo fica mais leve e alegre.
Eu estou a alguns dias de completar 30 anos. Vocês, algum dia, pensaram que veriam um filho completar 30 anos de idade? Que benção heim... Eu mesma ainda me lembro quando ganhei de Natal um boneco que parecia um bebezinho; lembro quando ganhei minha primeira bicicleta (que felicidade!); lembro de quando a gente viajava para Miracema nas férias, no Natal, na Páscoa etc; lembro quando o pai me deu uma coça porque me pegou beijando no portão de casa; quando ele quebrou uma vassoura nas minhas pernas no meio da rua, na frente dos meus amigos, só porque eu havia saído do castigo sem autorização; quando eu tive o azar de ser pega por vocês matando aula, quando quebrei meu dente andando de bicicleta e ainda tomei uma bronca; quando arrumei meu primeiro emprego e cheguei toda feliz em casa mostrando meu primeiro salário; quando não fui aprovada no vestibular, quando fui aprovada; quando arrumava confusão com os meus namoros; quando saía para a balada e chegava em casa naquele estado; lembro quando me despedi da minha mãe porque decidi sair de casa e tentar vida profissional em outra cidade (que dor!). Quantas coisas ainda são tão claras em minha lembrança, muitas delas parecem que aconteceram ontem.
Se eu pudesse escolher, preferiria não crescer! Preferiria ser dependente de vocês até hoje, ficar debaixo de suas asas. Estou dizendo isso, pois percebo nitidamente como meus “problemas”, coisas bobas e simples, tomaram outra proporção simplesmente por eu não contar com a companhia e a presença de vocês. Só em tê-los por perto, tudo muda de figura. Mas segundo a lei de Deus, nós precisamos crescer e amadurecer. Como diz a Sua Palavra, temos que deixar nossos pais e sua casa para formar a nossa família, ou seguir o nosso caminho, que é único e individual.
Neste aniversário, eu só gostaria de receber uma carta de vocês dois. Que nela vocês escrevam alguns conselhos, algumas dicas, coisas que possam ser úteis na minha caminhada pessoal, profissional, espiritual e, também, afetiva (risos). Principalmente afetiva, estou precisando tanto neste momento. Não é fácil ficar sozinha numa cidade como São Paulo. Ela pode ter mais de 10 milhões de habitantes, mas a gente não encontra um que possa preencher o buraco que fica em nossa alma longe das pessoas que a gente mais ama.
O engraçado disso tudo é que eu não quero e nem pretendo voltar. Não, agora. Não sem ter conquistado o que eu vim buscar aqui. Eu mesma não sei exatamente o quê é, só Deus tem esse conhecimento. Mas sei que tudo virá, e virá por Tuas Mãos. Confio demais em Deus Pai, esse é o meu maior consolo, é onde se concentram todas as minhas forças e esperanças. Talvez, seja por isso que tomei a decisão de estar mais próximo dEle, seguir fielmente seus ensinamentos e seu caminho. Se tem uma coisa que me levanta totalmente o astral hoje, aqui em São Paulo, é estar na Líber (a Igreja Batista da Liberdade), em comunhão com Jesus e meus queridos irmãos em Cristo. Engraçado eu falar assim, não é mesmo? Mas é verdade. Não somos realmente todos irmãos em Cristo Jesus? Estou muito feliz por estar recebendo tantas bênçãos de Deus, pelas pessoas que Ele tem colocado em meu caminho, mas MINHA QUERIDA MÃEZINHA TEREZA e o MEU PAI SUPER ESPECIAL GILBERTO são insubstituíveis, são a minha base, a minha segurança, o meu consolo, a minha proteção, o alívio e o amor que eu conheci neste mundo. Agradeço também, imensamente, a Deus pelos meus irmãos. A Adriana e o Dudu são meus companheiros fiéis, verdadeiros amigos e parceiros. Agora, tem mais um: o Giovane. Espero que ele possa compartilhar com a gente a alegria de poder contar uns com os outros, de sermos irmãos de verdade, em carne e espírito.
Mãe, Pai, escrevam para mim. Estou na ‘olho do furacão’ (risos), ou seja, na crise dos 30! Preciso de orientações, conselhos, força, ânimo, coragem e fé. Ficarei esperando ansiosa a cartinha de vocês, ouviu?
Com todo carinho do mundo
Da filha mais velha de vocês,
Raquel Corrêa Silva, 30 anos!
Mãe, Pai
Desculpe-me por estar escrevendo uma mesma carta para os dois. Estou cheia de coisas para fazer no trabalho, preciso agilizar. Além do mais, o assunto que eu tenho para tratar com vocês é o mesmo. Então vou ser direta ao ponto: vou me casar!!! Brincadeira, calma! Não é isso (ainda) que eu tenho para dizer. Vejam bem: ainda, porque se Deus quiser, muito em breve, farei este comunicado. Só preciso encontrar, primeiro, um homem de Deus (risos).
O real motivo desta carta é a vontade que eu tenho de estar perto de vocês, a necessidade da presença e a saudade que é grande demais! Claro que eu tenho um relacionamento bem diferente com cada um. Entre a mãe e eu, operou-se algo mágico. Hoje, declaro para quem for que ela é minha mãe no mais amplo e sublime significado que esta palavra possa ter. Um anjo de Deus com a missão de cuidar e ocupar-se integralmente de nós, de nossas preocupações e de nossas angústias. Mãe, você sabe o quanto significa para mim e como conseguimos fazer esta relação entre mãe e filha crescer, tornar-se sólida, carinhosa e abençoada. Te amo demais!!!
Já com o pai foi diferente. Ela já nasceu mágica, depois tivemos alguns obstáculos a enfrentar. Seu caminho ficou desalinhado com os nossos anseios e necessidades, mas mesmo assim nunca deixamos nosso amor ser abalado. Com o maior privilégio, posso dizer aos meus amigos que tenho o pai mais ‘louco’, carinhoso e divertido do mundo. Eu os amo de todo o meu coração e de toda a minha alma.
Nunca tive um filho, por isso nem sequer desconfio do tipo de sentimento que brota num ser humano quando ele assume a missão de ser MÃE ou PAI (em muitos casos, ‘pai’ e ‘mãe’ ao mesmo tempo). Um dia, quem sabe, eu descobrirei... A questão é que, para nós, os filhos, vocês são a base da nossa vida. São vocês quem nos constrói, colocam os tijolinhos, o cimento, as ferragens, vão nos estruturando de modo que possamos ser completos, fortes e capazes de agüentar as adversidades da vida. Pois a vida é feita disso mesmo, e a oportunidade que temos de aprender aqui na Terra é abençoada. Se acreditamos em Deus, reconhecemos em Jesus o Senhor de nossas vidas, cultivamos a fé e temos a companhia e o amor de nossos “anjos guardiões” – o pai e a mãe, conscientes – tudo fica mais leve e alegre.
Eu estou a alguns dias de completar 30 anos. Vocês, algum dia, pensaram que veriam um filho completar 30 anos de idade? Que benção heim... Eu mesma ainda me lembro quando ganhei de Natal um boneco que parecia um bebezinho; lembro quando ganhei minha primeira bicicleta (que felicidade!); lembro de quando a gente viajava para Miracema nas férias, no Natal, na Páscoa etc; lembro quando o pai me deu uma coça porque me pegou beijando no portão de casa; quando ele quebrou uma vassoura nas minhas pernas no meio da rua, na frente dos meus amigos, só porque eu havia saído do castigo sem autorização; quando eu tive o azar de ser pega por vocês matando aula, quando quebrei meu dente andando de bicicleta e ainda tomei uma bronca; quando arrumei meu primeiro emprego e cheguei toda feliz em casa mostrando meu primeiro salário; quando não fui aprovada no vestibular, quando fui aprovada; quando arrumava confusão com os meus namoros; quando saía para a balada e chegava em casa naquele estado; lembro quando me despedi da minha mãe porque decidi sair de casa e tentar vida profissional em outra cidade (que dor!). Quantas coisas ainda são tão claras em minha lembrança, muitas delas parecem que aconteceram ontem.
Se eu pudesse escolher, preferiria não crescer! Preferiria ser dependente de vocês até hoje, ficar debaixo de suas asas. Estou dizendo isso, pois percebo nitidamente como meus “problemas”, coisas bobas e simples, tomaram outra proporção simplesmente por eu não contar com a companhia e a presença de vocês. Só em tê-los por perto, tudo muda de figura. Mas segundo a lei de Deus, nós precisamos crescer e amadurecer. Como diz a Sua Palavra, temos que deixar nossos pais e sua casa para formar a nossa família, ou seguir o nosso caminho, que é único e individual.
Neste aniversário, eu só gostaria de receber uma carta de vocês dois. Que nela vocês escrevam alguns conselhos, algumas dicas, coisas que possam ser úteis na minha caminhada pessoal, profissional, espiritual e, também, afetiva (risos). Principalmente afetiva, estou precisando tanto neste momento. Não é fácil ficar sozinha numa cidade como São Paulo. Ela pode ter mais de 10 milhões de habitantes, mas a gente não encontra um que possa preencher o buraco que fica em nossa alma longe das pessoas que a gente mais ama.
O engraçado disso tudo é que eu não quero e nem pretendo voltar. Não, agora. Não sem ter conquistado o que eu vim buscar aqui. Eu mesma não sei exatamente o quê é, só Deus tem esse conhecimento. Mas sei que tudo virá, e virá por Tuas Mãos. Confio demais em Deus Pai, esse é o meu maior consolo, é onde se concentram todas as minhas forças e esperanças. Talvez, seja por isso que tomei a decisão de estar mais próximo dEle, seguir fielmente seus ensinamentos e seu caminho. Se tem uma coisa que me levanta totalmente o astral hoje, aqui em São Paulo, é estar na Líber (a Igreja Batista da Liberdade), em comunhão com Jesus e meus queridos irmãos em Cristo. Engraçado eu falar assim, não é mesmo? Mas é verdade. Não somos realmente todos irmãos em Cristo Jesus? Estou muito feliz por estar recebendo tantas bênçãos de Deus, pelas pessoas que Ele tem colocado em meu caminho, mas MINHA QUERIDA MÃEZINHA TEREZA e o MEU PAI SUPER ESPECIAL GILBERTO são insubstituíveis, são a minha base, a minha segurança, o meu consolo, a minha proteção, o alívio e o amor que eu conheci neste mundo. Agradeço também, imensamente, a Deus pelos meus irmãos. A Adriana e o Dudu são meus companheiros fiéis, verdadeiros amigos e parceiros. Agora, tem mais um: o Giovane. Espero que ele possa compartilhar com a gente a alegria de poder contar uns com os outros, de sermos irmãos de verdade, em carne e espírito.
Mãe, Pai, escrevam para mim. Estou na ‘olho do furacão’ (risos), ou seja, na crise dos 30! Preciso de orientações, conselhos, força, ânimo, coragem e fé. Ficarei esperando ansiosa a cartinha de vocês, ouviu?
Com todo carinho do mundo
Da filha mais velha de vocês,
Raquel Corrêa Silva, 30 anos!
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Adoro cartas
Querida família paterna
Espero que tenham ficado felizes com a surpresa – a minha cartinha! Simples e humilde, mas uma verdadeira manifestação e declaração de todo o amor, carinho e consideração que sinto por todos vocês: Tia dos Anjos, Sara, Rili, Omar, maridos e esposas, as crianças... Todos!
Desde de que me mudei para São Paulo, poder vê-los e encontrá-los ficou um pouco mais complicado. Por conta disso, mais meu coração sente saudades. Mais tenho vontade de voltar às ‘raízes’ e ficar perto das pessoas que são importantes para mim e que me amam de verdade. É necessário ter coragem para seguir nosso verdadeiro caminho, para seguir nosso coração e se entregar totalmente à vontade de Deus, nosso Pai, e Jesus, nosso Senhor. Se não fosse pela fé que eu tenho na Trindade Santa, se não fosse pela proteção e pelo amor que sinto que vem de Deus, talvez eu já tivesse desistido dos meus sonhos.
Sim, eu vim para São Paulo para realizar alguns sonhos. Hoje, descobri que o maior deles é colocar Jesus no centro da minha vida e, por meio desta atitude, tornar-me cada vez mais dependente da sua graça e do seu amor. Mas também estou lutando para conseguir um trabalho que possa fazer a diferença e que possa ser útil à sociedade. Há bastante tempo, dedico-me a estudar e buscar mais conhecimentos na área de responsabilidade social e sustentabilidade. Os termos ainda são relativamente novos, tanto em São Paulo como no mundo todo, mas estão ligados à justiça social, ética nos negócios, preservação ambiental, compromisso empresarial com a comunidade e com o mundo em diversos aspectos e nos mais amplos sentidos.
Tenho fé de que, muito em breve, estarei participando ativamente desse ‘movimento’, desse novo jeito de se fazer negócios e de se relacionar. Afinal de contas, sou uma profissional de comunicação. Posso dar minha colaboração transmitindo à pessoas informações importantes de como enfrentar os problemas que estamos vivendo atualmente. Rezem sempre por mim. Esse presente fará uma grande diferença!
Por falar em ‘presente’, dia 26 de setembro completo 30 aninhos. Alguém se lembra do meu primeiro aniversário? Lá em casa tem uma foto linda com o meu pai, minha mãe, Tia dos Anjos, a Rili e eu. Sabem o que eu mais queria de presente, passados esses 29 anos? Ver meus pais juntos novamente. Eu admito que, talvez, essa não seja a melhor opção, e nem tenho o direito de interferir. Até hoje, eu não consigo entender direito como a Tereza e o Gilberto conseguiram se unir sendo tão diferentes, o extremo um do outro. Mas não cabe a mim entender, pelo contrário, eu só tenho é que agradecer pois desta ‘maluca’ união acabei vindo parar neste mundo! Depois, veio a Adriana e o Dudu, que são verdadeiras bênçãos em nossas vidas.
Vocês, minha querida família, são partes desta minha história abençoada que Deus está escrevendo. E eu, modéstia à parte (risos), sou parte da de vocês também. Não quero jamais perder este tesouro. Outro dia, liguei para a Rosângela, filha do tio Valter, que mora lá no interiorzão de São Paulo. Conversei com ela um tempão sem nunca tê-la visto pessoalmente, mas o carinho foi tão grande só por saber que somos família que cheguei a ficar emocionada. No mês passado, estive em Curitiba a trabalho. Claro que não perdi a oportunidade de visitar a Leda e a tia Aparecida. Fiquei imensamente feliz ao ‘descobrir’ mais dois novos priminhos – a Fefê e o Gabriel. Certamente, essas são as coisas mais preciosas deste mundo. É isso aí, família! Já me estendi demais, para variar... Fiquem com Deus e que Jesus os abençoe.
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